Mediante a situação do ambiente geopolítico, os mercados na sexta-feira (24) fecharam majoritariamente em queda, fazendo com que os agentes amentassem sua aversão ao risco.
Nos Estados Unidos, Wall Street teve retração em todos os índices, mediante à atenuação dos atritos entre Washington e Pequim. As tensões entre as duas potências aumentaram com a China buscando responder às retaliações dos EUA na mesma moeda. Além disso, essas situações se espelharam para outros países como Reino Unido, Austrália, Japão e, até mesmo, alguns países que fazem parte da UE (União Europeia).
Todavia, o continente Europeu, teve bons resultados em relação às prévias do PMI, a evidenciar a retomada da economia para a região. Frankfurt, teve realização de 2,02%. Milão, caiu 1,85%. Paris, teve contração de 1,54%. Londres e Madrid também tiveram perdas, com quedas de 1,41% e 1,22% respectivamente.
No Brasil, os efeitos da primeira fase da reforma tributária foram aprovados, dividindo o mercado. Enquanto alguns analistas acreditam que a reforma pode abrir caminho para outras reformas importantes, outros analisam que o CBS (união entre PIS e Confis) onera muitos setores, principalmente o de serviços, aumentando o custo dos demandantes de tais serviços.
No entanto, há a possibilidade da desoneração da folha de pagamento com o presidente da comissão mista, Roberto Rocha, do PSDB – MA aceitando a possibilidade de CPMF se for somente sobre pessoas físicas.
O IPCA-15 registrou avanço abaixo do esperado, abrindo espaço para a possibilidade de mais um corte na taxa de juros. O Ibovespa teve avanço de 0,09%, a 102.381 pontos. O dólar fechou em queda de 0,12% a R$ 5,20.
O petróleo, teve leve recuperação, apesar das tensões geopolíticas e incertezas quanto à retomada da demanda por conta do avanço do covid-19 em países como EUA e Índia. O Brent fechou com alta de 0,07%, a US$ 43,34 e o WTI teve elevação de 0,54%, cotado a US$ 41,29 o barril.
Começando pelos dados de encomendas bens duráveis, evidenciando o quanto a demanda por este mercado está aquecida para o mês de junho. Após forte elevação no mês de maio (+15,7%), o mercado espera que o indicador alcance elevação de 7,2% para junho.
Apesar de apresentar avanço menor em relação à última observação, o dado mostra recuperação, alcançando o quarto maior valor da série histórica.
Também será divulgado o núcleo do indicador, isto é, excluindo transportes, para diminuir a volatilidade do indicador.
A expectativa do mercado, é que o indicador saia de 3,7% em maio para 3,5% em junho.
O instituto de pesquisa também divulgará a o núcleo do indicador de encomendas por bens de capital. Esse dado mede a demanda por bens utilizados na produção de outro bons e serviços.
A expectativa do mercado é de que, em junho, o indicador tenha alcançado elevação de 2,3% ante aceleração de 1,6% no mês imediatamente anterior.
Por fim, o FED de Dallas divulgará seu indicador de atividade para a região a evidenciar os impactos do covid-19 na economia de Dallas.
Considerando que a Alemanha teve um bom desempenho no combate ao covid-19, os agentes estão com expectativas positivas em relação à economia do país.
Tendo em vista tal cenário, o mercado tem expectativa de alta, para os indicadores divulgados pelo instituto de pesquisa econômica IFO de clima dos negócios.
O mercado espera que saia de 91,4 para 937 pontos. O indicador de situação atual, tem esperança de alcançar 85 pontos contra 81,3 pontos no mês de junho. Já o Índice de Clima de Negócios, espera sair de 86,2 em junho para 89,3 pontos em julho.
Quanto ao comportamento da política monetária estabelecida pelo BCE, há expectativa que tenha elevação de 9,3% em junho, ante avanço de 8,9% em maio.
Esse avanço se deve, essencialmente, às políticas de estímulo do banco para conter os impactos do covid-19, principalmente em economias mais fragilizadas como Itália e Espanha.
O BCE vem sendo muito ativo ao longo da crise, com políticas que vão desde estímulos diretos, concessão de crédito e, até mesmo, compra de títulos de títulos soberanos, instituições financeiras e empresas não financeiras.
Como ocorre toda segunda-feira, o Banco Central do Brasil (Bacen) publicará o Relatório Focus, a evidenciar as perspectivas dos analistas quanto à economia brasileira para o ano de 2020 e os subsequentes.
Na semana passada, o houve melhora nas expectativas em relação ao PIB, saindo de uma queda de 6,10% para 5,95% de retração.
Todavia, como possível motivo de preocupação, foi a deterioração das contas públicas como Dívida Líquida do Setor Público em percentual do PIB, Resultado Primário e Nominal em percentual do PIB.