A sexta-feira (10), foi um dia de ganhos para as bolsas globais. As expectativas renovadas com o avanço nos estudos das vacinas que podem somar no combate ao novo coronavírus contribuem para o bom humor dos agentes.
Nos Estados Unidos, os estímulos anunciados pelo FED e os esforços das empresas farmacêuticas, quanto à possível solução para o covid-19 ofuscará as preocupações em relação ao aumento de casos no país.
O Dow Jones teve alta de 1,44%, seguido pelo S&P 500, com ganhos de 1,07%. A Nasdaq subiu 0,66% influenciada pelos ganhos da Tesla. O VIX registrou queda de 7,07%, aos 27,19 pontos.
Na Europa, os ganhos também foram consideráveis, apesar dos receios dos agentes em relação ao avanço das contaminações nos Estados Unidos, Austrália, Hong Kong e Japão.
Além do ânimo gerado por Wall Street e os esforços para a vacina, os dados de produção industrial de Itália e França, juntamente com o aumento da flexibilização no Reino Unido também contribuíram para as altas.
Milão fechou com alta de 1,34%. Frankfurt se elevou em 1,15%. Madrid subiu 1,16%. Paris avançou 1,01% e Londres ganhou 0,76%.
A bolsa de valores de São Paulo também fechou a semana com resultados positivos e, com chave de ouro, rompendo o limite psicológico de 100.000 pontos, com elevação de 0,88% aos 100.031 pontos.
No país, Rodrigo Maia voltou a cobrar governo para encaminhar o texto referente à reforma tributária. Na agenda econômica, o setor de serviços decepcionou. A inflação medida pelo IPCA ficou muito próximo do esperado, contribuindo para as expectativas dos agentes.
O mercado de petróleo também teve um dia positivo com as expectativas em relação aos avanços na vacina. Além disso, a Agência internacional de Energia revisou as perspectivas de demanda pela commodity para cima, dando força ao mercado.
O Brent teve alta de 2,10%, cotado a US$ 43,24. O WTI teve avanço de 2,35%, cotado a US$ 40,55, o barril.
Estados Unidos: Orçamento Federal
A agenda econômica para hoje (13) estará relativamente vazia. Porém, o Tesouro divulgará os dados do orçamento federal. Devido ao aumento dos gastos do país com o objetivo de conter os efeitos do covid-19 na economia, há tendência de que as contas tenham aprofundamento em sua deterioração.
Assim, a expectativa dos agentes é de que o orçamento do país, isto é, tudo que o país arrecada diante do que ele gasta, tenha déficit de US$ -863,0 bilhões em junho, contra US$ -399,0 bilhões registrados no mês imediatamente anterior.
Europa: Índice dos preços ao atacada na Alemanha e discurso do BCE
No velho continente, a agenda econômica também estará com poucos dados, com a agência Destatis a publicar a evolução dos preços ao atacada na Alemanha.
Devido à reabertura econômica na Alemanha e nos demais países da União Europeia e tendo em vista o fato da Alemanha ter sido um dos países mais bem sucedidos contra os efeitos do covid-19, os dados podem ter melhora.
Um dos membros do BCE, italiano Fábio Panetta, fará seu discurso a informar as perspectivas econômicas da instituição em relação à economia.
Brasil: Relatório Focus
No Brasil, a agenda também estará com escassez de dados econômicos. Assim, como em toda segunda-feira, o Banco Central divulgará o Boletim Focus com as expectativas do mercado em relação à economia.
Apesar dos dados abaixo do esperado referente ao setor de serviços, os números da semana passada em relação ao varejo e à inflação, podem contribuir para a melhora das perspectivas dos agentes expressas no relatório.
No entanto, os indicadores relacionados às contas públicas tendem ter deterioração causada pela queda na arrecadação e aumento dos gastos, o que levará a uma forte postura do governo.
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