Na sexta-feira (07), os mercados fecharam sem direção única, mediante a riscos geopolíticos e dados econômicos positivos na agenda de conjuntura ao redor do mundo. Indo na contramão, a Europa, teve os melhores resultados da sessão.
Nos Estados Unidos, os dados do mercado de trabalho acima do esperado forma capazes de sustentar o Dow Jones e o S&P 500. No entanto, as altas foram muito próximas da estabilidade. No entanto, as notícias políticas em torno do acordo para o pacote fiscal, ainda sem acordo, entre democratas e republicanos.
No cenário da política internacional, a tensão entre Washington e Pequim continuou levando riscos para o mercado financeiro, principalmente, para as ações de tecnologia, como o presidente Donald Trump a assinar um decreto executivo impedindo as negociações de empresas americanas com as chinesas Tencent e ByteDance.
O Dow Jones, teve alta de 0,17%. O S&P 500, ganhou 0,06% e Nasdaq, teve retração de 0,87%.
Na Europa, apesar das altas não chegarem à unidade, os principais índices fecharam no positivo com os dados de atividade econômica da Alemanha, França e, também, dos Estados Unidos fizeram as principais bolsas do continente subirem, a despeito dos riscos internacionais.
Frankfurt, teve aumento de 0,66%. Milão, teve aumento de 0,21%. Madrid, subiu 0,11%. Paris e Londres fecharam perto da estabilidade, com ambas a ganhar 0,09%
No Brasil, os investidores usaram o último dia da semana para realizar seus lucros dos dias anteriores.
A instabilidade advinda de Nova York e a queda nos preços do petróleo, pesaram fortemente no desempenho do índice.
Além disso, os temores em torno das contas públicas, haja vista o aumento do risco percebido dos agentes em relação ao Brasil, uma vez que os estímulos continuaram por mais tempo e a renda do país não cresce suficientemente.
O Ibovespa fechou a sessão com queda de 1,30% a 102.755,55 pontos. O dólar teve alta de 1,31% a R$ 5,41.
O petróleo fechou em queda, com o aumento das tensões no ambiente geopolítico, ignorando os dados do setor apresentados pela empresa Baker Hughes, com o menor número de plataformas em atividade desde 2005.
O petróleo Brent teve retração de 1,53%, cotado a US$ 44,04 e o WTI teve retração de 1,74, a US$ 41,22.
O Conference Board divulgará os dados referentes ao Índice de Tendência do Emprego para o mês de agosto. O indicador se utiliza de outros dados de conjuntura, para evidenciar quanto o mercado de trabalho pode se aquecer ao longo do mês corrente. No entanto, é possível que indicador tenha dados ruins por conta da retomada do covid-19.
A Oferta de empregos JOLTS para o mês de junho será publicada pelo Bureau of Labor Statistics.
O indicador é importante pois evidencia a quantidade de empregos criados com base na pesquisa de 16 mil empresas, em 50 estados.
Devido a amplitude do indicador, ele também é importante para evidenciar a força do mercado de trabalho americano.
O indicador, voltou a subir na última observação e podem continuar em elevação. No entanto, a retorno do covid-19 ao longo do mês, podem afetar os números.
Na Europa, será divulgado o indicador de confiança dos investidores, que mostra o nível da confiança dos investidores, para a atividade econômica da Zona do Euro em relação ao mês que se inicia.
Devido à melhora dos indicadores de atividade da economia do bloco, os agentes esperam que o índice saia de -18,2% em julho para -15,1%.
No Brasil, o dia também carece de indicadores econômicos, com a divulgação do Boletim Focus.
Nas últimas observações, tendo em vista a melhora das percepções dos players em relação à economia brasileira e com os resultados positivos da produção industrial e PMI’s, o PIB pode ter melhora dentro da perspectiva dos analistas.
Todavia, no que diz respeito às contas públicas, as perspectivas não são positivas, haja vista às discussões em relação ao aumento do gasto público com o objetivo de amortecer os impactos do covid-19.