Na sexta-feira (17), os mercados internacionais fecharam sem direção única. Apesar dos dados positivos em relação ao resultado de empresas nos países desenvolvidos, houve muita volatilidade, mas os mercados fecharam majoritariamente em alta.
Nos Estados Unidos, o aumento de casos de covid-19, aliado à tensão entre Estados Unidos e China, haja vista a preocupação dos americanos e outros países em relação à atuação do gigante asiático no Mar do Sul da China geraram bastante volatilidade.
Mas os dados acima do esperado das empresas cotadas nas bolsas americanas sustentaram os ganhos do S&P 500 e da Nasdaq com avanços de 0,31% e 0,28%. O Dow Jones teve retração de 0,23%.
O VIX teve queda de 8,82% a 25,55 pontos.
Na Europa, apesar da maioria das bolsas terem fechado em alta. Os agentes continuaram receosos em relação às tensões e aumento no número de novos infectados pelo novo coronavírus nos EUA em alguns países da Ásia.
Além disso ainda há expectativa em relação ao auxílio da União Europeia para a economia dos países europeus. Todavia, ainda não consenso entre os membros.
Entre as altas, Londres, teve elevação de 0,63%. Frankfurt teve elevação de 0,35% e Milão teve ganhos de 0,31%. Paris e Madrid, tiveram queda de 0,31% e 0,46% respectivamente.
No Brasil, o bom humor dos investidores foi sustentado pelas expectativas em relação à reforma tributária que pode estar por vi. Além disso, no cenário político, as tensões entre o governo federal e o STF foi amenizada com Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, foi transferido para reserva, haja vista que a influência das forças armadas era um incômodo para Gilmar Mendes.
Apesar dos do avanço do número de infectados pelo covid-19 ainda não estar a cair, o Brasil pode estar a passar por um platô, ou seja, o número está estabilizado. No entanto, a notícia ainda não é positiva, pois o número precisa cair.
O Ibovespa teve alta de 2,32%, se descolando do exterior, a 100.533 pontos
O dólar teve alta de 1,02% catado a R$ 5,38.
O petróleo fechou em queda mediante ao aumento dos casos de covid-19 nos Estados Unidos e na Ásia, além do aumento do acirramento entre Washington e Pequim fizeram os preços da commodity caírem.
O petróleo Brent teve queda de 0,53%, a US$ 43,14 e WTI teve retração de 0,44%, cotado a US$ 40,75.
Com uma agenda relativamente vazia, o destaque será para os dados da Alemanha e contas externas da Zona do Euro. Quanto aos preços, a agência Destats divulgará os dados do IPP (Índice de Preços ao Produtor) e o IPA (Índice de Preços ao Atacado).
Tendo em vista que a Alemanha foi um dos países que melhor lidaram com a crise do covid-19, há esperança que os indicadores de preços melhorem, evidenciando que a produção e o setor atacadista aqueceram durante o mês de junho. Todavia, os números ainda não são positivos.
As expectativas para o IPP são de que 0,2% para junho, ante -0,4% ao mês e de -2,2% para -1,5% ao ano.
Para a Zona do Euro, o BCE divulgará os dados das transações correntes, isto é, a diferença de valor entre os produtos exportados e importados, serviços e pagamentos de juros (exportações menos importações).
Espera-se que os dados melhorem por conta do efeito da queda na renda dos países do bloco, o que diminui as importações e, a alta das exportações podem ocorrer por conta da reabertura econômica.
Começando pelo Relatório Focus, os analistas melhoraram as suas expectativas em relação ao crescimento da economia, inflação, produção industrial, varejo e serviços. Porém, eles podem ter um pouco mais de cautela, considerando que o indicador de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br pode fazer com que o relatório tenha expectativas um pouco mais cautelosas.
O Tesouro Nacional divulgará os dados da Receita Tributária Federal. O esperado é que, por conta da queda da atividade econômica, a receita tributária caia.
Caso tal expectativa se conclua, confirmará a tendência de fragilidade das contas públicas do país mediante a crise.