Novos dados na China, Estados Unidos e Brasil

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A quinta-feira (09), foi marcada pelo aumento das tensões entre o ocidente e Pequim. Além disso, os receios em relação ao aumento de casos do covid-19 nos EUA, estão afetando as expectativas de recuperação econômica do país, fazendo com que os agentes saíssem das posições de risco.  

Antony Fauci alertou que os estados americanos com retomada de casos de covid-19, deveriam continuar gerando certo receio em relação à recuperação econômica.

Todavia, os dados melhores que o esperado dos pedidos iniciais dos por seguro desemprego, dissiparam parcialmente os temores em relação à queda na economia.

O S&P 500 caiu 0,52% e o Dow Jones perdeu 1,38%. A Nasdaq subiu 0,63%. O VIX teve aumento de 3,49%, catado a 29,06 pontos.

Na Europa, os mercados ficaram receosos com o aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos e os dados de exportação abaixo do esperado das exportações alemãs.

Milão teve queda de 1,98%. Londres, apesar dos estímulos anunciados, o emblemático da Rolls-Royce e a possibilidade de aumento nas falências influenciou os agentes, fazendo a bolsa cair 1,73%. Paris caiu 1,21% e Frankfurt, fechou próximo da estabilidade, com queda de 0,04%.

No Brasil, Wall Stret foi o principal trigger para os preços dos ativos nacionais. Assim, os efeitos dos dados divulgados ontem perderam sua força.

Internamente, foi a agenda política que mais destacou com Jair Bolsonaro se esforçando para que o congresso não derrube o veto para folha de desoneração da folha de pagamento, pois deseja discutir a questão dentro da reforma tributária, a qual ser enviada por Guedes.

O Ibovespa caiu 0,61% fechando o dia cotado a 99.160 pontos. O dólar caiu 0,07% a R$ 5,34.

A desconfiança com a retomada global e o aumento dos casos de covid-19 nos EUA, também afetaram o mercado de petróleo. O Brent caiu 2,17%, cotado a US$ 42,35 e o WTI perdeu 3,13% a US$ 39,62.

Novos dados nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, terão relatórios importantes referentes ao setor de petróleo e de agricultura.

A EIA (Energy International Agency) informará as perspectivas e rumos referentes ao mercado de energia, envolvendo setores com petróleo, energia elétrica e energias alternativas. O relatório é importante, pois a perspectiva de demanda por energia está fortemente relacionada ao crescimento da economia global.

O Relatório WASDE fornece informações referentes à oferta e demanda dos Estados Unidos e no mundo de produtos agrícolas como algodão, soja e outros grãos. O documento também expõe as expectativas em relação ao mercado de produtos de origem animal. O relatório é muito importante para países que exportam produtos agrícolas como o Brasil.

O Bureau of Labor Statistics divulgará o índice de preços sob ótica dos produtores para o mês de junho.

O indicador tem expectativa de elevação, saindo de -0,1% para 0,1% ao mês e de 0,3% para 0,4% ao ano. Para o IPP considerando todos os bens, o mercado está mais cauteloso para o mês, ficando em manutenção de 0,4% em junho, ao ano o indicador pode sair de 0,3% para 0,4%.

Apesar da retomada da economia americana, o que gera elevação nos preços, a possibilidade de retomada do covid-19 no país, deixa os agentes receosos quanto à retomada econômica.

China: empréstimos e oferta monetária

O Banco Popular da China divulgará os dados de política monetária referentes a concessão de crédito e ampliação da base.

Como medida de amenizar os impactos da covid-19 na economia do país, os formuladores de política pretendem elevar novamente os empréstimos e a base monetária, aumentando a liquidez da economia.

Os agentes esperam que em junho, a base monetária tenha alcançado novamente o aumento de 11,1% e que o crescimento dos empréstimos tenha evoluído em 13,2%.

Brasil: setor de serviços

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará os dados da pesquisa mensal do setor de serviços.

Tal como ocorreu com o varejo e a indústria, os agentes esperam que o setor de serviços também tenha melhora em seu desempenho para o mês de maio.

A expectativa é que o setor saia de -11,7% e alcance 5,2% ao mês na perspectiva mensal e saia de -17,2% para -14,3% ao ano.

O indicador é o mais importante dado de inflação, o qual é utilizado para que o Banco Central formule suas decisões de taxa de juros e, também, evidencia para os agentes o quanto a economia brasileira a se aquecer.

Por conta da reabertura e dados econômicos mais fortes que o esperado, os agentes esperam que o IPCA de junho saia de -0,38% para 0,29% ao mês e, ao ano, saia de 1,88% para 2,16%.

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