Como já se sabe, a economia americana é a maior do planeta, movimentando grande fluxos de capitais em todo mundo, importando e exportando muitos produtos e serviços de muitos países. Assim, as decisões econômicas tomadas pelo país, tais quais os indicadores de atividade econômica, como pode ser lido no texto “Payroll, um dos principais indicadores de conjuntura econômica do mundo” podem gerar impactos no mercado e na economia internacional.
Retração
Considerando o momento delicado por conta dos efeitos gerados pela pandemia, a economia americana chegou a ter a maior que queda de sua história, perdendo 31,4% do PIB no segundo trimestre desse ano, sendo uma das economias que mais sofreram com a crise.
Assim, dentro dos elementos da demanda que fazem parte majoritariamente do lado privado da agregada, os investimentos privados tiveram retração de 46,6%, o consumo das famílias, perdeu 33,2%. No que diz respeito aos gastos governamentais, esse foi a única variável que teve elevação, com destaque para os gastos chamados de nondefence, isto é, os dispêndios não relacionados com defesa, o que inclui gastos sociais, projetos de infraestrutura etc.
Combate e Recuperação
Os gastos realizados pelo Tesouro Americano tiveram importância no estímulo da demanda e da oferta. Como resultado dos estímulos fiscais, em conjunto com as medidas do Federal Reserve, alguns indicadores de atividade econômica tiveram bom desempenho, como é o caso do varejo e dos números do PMI.
Além disso, a inflação também vem mostrando retomada da atividade econômica, mostrando que a demanda está voltando se aquecer ao longo do ano, com o seu núcleo atingindo elevação de 1,7% ao ano em setembro.
Com base em tais indicadores econômicos, muitos players e, até mesmo os formuladores de política econômica melhoraram as perspectivas para o crescimento da economia americana, incluindo os números do PIB, inflação e até mesmo mercado de trabalho.
A necessidade de mais estímulos
Apesar da economia americana e mundial, terem apresentado desempenho melhor que o esperado ao longo de uma das maiores crises econômicas da história, ainda há a necessidade de estímulos. Pois muitos impactos profundos foram causados pela pandemia da COVID-19.
Muitas pequenas e médias empresas que faliram não voltarão a abrir suas portas, o que impacta a criação de empregos e a renda, pois um número maior de pessoas não conseguirá recuperar seus postos de trabalho, o que reduz o consumo. Pelo lado da oferta, as companhias que quebraram ou reduziram suas operações, acabam por diminuir o investimento privado.
Desse modo, parte da recuperação econômica que poderia ocorrer, não se realizará, deixando ainda muitas pessoas fora da força de trabalho e com a demanda agregada reprimida.
Entretanto, uma das maneiras de verificar a fragilidade do mercado de trabalho americano são os pedidos iniciais por seguro-desemprego. Isto é, a quantidade de pessoas que precisam de auxílio governamental por não conseguirem se recolocar no mercado de trabalho.
Apesar da demanda por auxílio ter atingindo o patamar de 6,867 milhões ao fim de março e ter registrado 898 mil pedidos na última semana, uma queda de aproximadamente 87%, a média dos pedidos em 2019 foi de 218 mil pedidos, um número 24,28% menor em relação ao da última semana. A faixa de 880 milhões de pedidos permanece desde agosto.
Assim, até mesmo quem acreditava que a economia americana não precisava de mais estímulos, começou a apoiar que a medida ocorra.
A possibilidade do novo pacote
Apesar de, atualmente haver um consenso no que diz respeito à necessidade dos estímulos à economia americana, democratas e republicanos continuaram a travar um embate em torno da disponibilização dos pacotes, devido às diferenças entre os dois partidos que possuem objetivos divergentes.
No começo deste mês (06 de outubro) o presidente americano Donald Trump, informou que não haveria mais negociações em relação ao pacote até as eleições americanas. Todavia, o Trump voltou a negociar propondo um pacote de US$ 1,6 trilhões a Pelosi.
Após os republicanos sinalizarem uma proposta de pacote, houve retrocesso nas negociações. No entanto, no final semana, Nancy Pelosi sinalizou positivamente para a possiblidade de um pacote de estímulos antes das eleições, após Donald Trump se mostrar disposto a aceitar um pacote de US$ 2,2 trilhões, conforme o exigido pelos democratas. O presidente chegou a dizer que que “um número maior do que ela (Peloso) quer”. Contudo, ele mesmo admitiu que não são todos os republicanos que concordam com o pacote de estímulo com valores de US$ 2 trilhões.
O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnel, e seus correligionários tendem a permanecer com a proposta de um pacote de US$ 500 bilhões, com o objetivo de renovar o programa de empréstimos para pequenas empresas e benefícios ampliados voltados ao desemprego, ajuda escolar e para testes de coronavírus.
O prazo final determinado pela líder democrata é de hoje, terça-feira (20). Caso contrário, um pacote de estímulos de tal magnitude ocorrerá somente após as eleições.
Mercado
Para o mercado, a sinalização de um pacote para estimular a economia americana é visto como positivo, levando apetite pelos ativos de risco em todo mundo. O aquecimento da maior economia do mundo faz com que muitos agentes elevem suas projeções para o crescimento da economia global.
Caso o pacote trilionário não se conclua antes do pleito, os agentes já precificam que haverá ajuda a economia do país independente de quem venha assumir a casa branca.
A bolsa brasileira também tende a ganhar com os estímulos. Uma vez que os ativos de risco se tornam mais atraentes com a possiblidade de crescimento econômico global.
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