As principais bolsas do ocidente fecharam a sexta-feira (20) sem direção única. Enquanto a Europa olhava positivamente a possibilidade de negociação nos Estados Unidos e com dados de conjuntura positivos no Reino Unido. Nas américas, os mercados encerraram em queda.
Os principais índices europeus fecharam em alta, com as vendas do varejo britânico crescendo 5,8%, superando as expectativas dos agentes. Ainda em relação ao Reino Unido, há a expectativa de acordo entre britânicos e europeus pós-brexit. Como o mercado europeu fecha antes dos mercados americanos, houve melhora com a notícia de quinta-feira (19) em relação às notícias de negociação entre republicanos e democratas.
Londres, teve avanço de 0,27%. Frankfurt, subiu a 0,39%. Milão, ganhou 0,79%. Paris, teve aceleração de 0,39%. Na península ibérica, Madri e Lisboa subiram 0,60% e 1,30% respectivamente.
Nos Estados Unidos, o avanço do coronavírus e o aumento das restrições afetaram as bolsas americanas. Além disso, os agentes também olharam para as dificuldades logísticas da distribuição das vacinas. A suspensão do programa de empréstimos do FED, também contribuíram para o aumento da força vendedora.
O Dow Jones, teve queda de 0,75%. O S&P 500, perdeu 0,68% e a Nasdaq, recuou 0,42%.
No Brasil, o mercado teve bastante volatilidade, sendo influenciado pelos temores referentes ao avanço da COVID-19 nos Estados Unidos e em capitais brasileiras. No que diz respeito à fala de Paulo Guedes sobre a venda de reservas para o pagamento da dívida, o impacto foi amenizado pelo secretário do tesouro a informar que a venda de reservas deve ser decisão do Bacen, o que acaba convergindo com as perspectivas de mais liberdade para a autoridade monetária.
O Ibovespa, teve queda de 0,59%, a 106.042,48 pontos. O dólar, teve alta de 1,40%, cotado a R$ 5,39.
O petróleo teve alta de mediante às expectativas de vacinas, sendo melhoradas com Pfizer solicitando o uso emergencial de vacinas pela FDA.
O petróleo Brent, teve alta de 1,70%, a US$ 44,96. O WTI, ganhou 1,2% a US$ 42,42 o barril.
Na Ásia, os mercados tiveram uma sessão de alta, abrindo a segunda-feira (23) com o otimismo em relação aos novos resultados das vacinas.
Na China continental, Xangai e Shenzhen tiveram alta de 1,09% e 0,54% respectivamente.
Em Hong Kong, a alta foi de 0,13% e em Seul, o mercado teve a maior alta do continente, com avanço de 1,92%.
As bolsas Europeias começaram o dia operando em alta. Os investidores ampliam as compras com mais notícias positivas em relação ao desenvolvimento de vacinas. A AstraZeneca informou que a sua vacina registro, em média 70% de eficácia e, em alguns casos, 90%. Contudo, ainda há temor de uma nova contração do PIB.
Nos Estados Unidos, as os futuros abrem em alta, também motivados pelos avanços das vacinas. O Chefe da Operação Warp Speed, informou que as primeiras doses da vacina podem ser aplicadas em 12 de dezembro.
No Brasil, o mercado levará em consideração os movimentos externos e as de formuladores de política quanto à questão fiscal e o crescimento da economia.
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) mostrou que aceleração de 0,77% na terceira quadrissemana de novembro, contra 0,62% na semana imediatamente anterior, sendo puxado por alimentação e transportes.
Na Europa, hoje (23) a agência Markit divulgou a primeira observação do PMI de novembro. Apesar dos indicadores ficarem abaixo do registrado no mês de outubro, Alemanha e Reino Unido tiveram indicadores melhores que o esperado para a indústria, ao registrar 57,9 e 55,2 pontos respectivamente. O setor de serviços, por ser mais sensível, teve números piores, alcançando 46,2 pontos na Alemanha e 45,8 no Reino Unido. O composto, recebeu impacto positivo da indústria, alcançando 52 pontos para a Alemanha e 47,4 para os britânicos, que apesar de não ser um número positivo, superou as expectativas dos agentes.
Para a Zona do Euro, os indicadores divulgados pela IHS Markit foram majoritariamente negativos. O PMI composto e de serviços ficaram abaixo dos 50 pontos atingindo 45,1 pontos e 41,3 respectivamente. O PMI Industrial ficou acima das expectativas, chegando a 53,6 pontos.
Apesar de alguns indicadores superarem as expectativas dos agentes, ainda indicam temores referentes à desaceleração econômica no continente dado que a manufatura avançou por conta das exportações direcionadas a países que foram menos impactados pela pandemia.
Nos Estados Unidos, os agentes também olharão para um dos mais importantes dados de atividade econômica, o PMI, levando em conta as perspectivas dos gestores de compra. A expectativas para a prévia do indicador de novembro é de 53 pontos para a indústria e 55,3 para o setor de serviços, a registrar baixa quando comparado ao mês de outubro. O avanço do coronavírus no país podem gerar piora nos pedidos por parte dos gerentes de compras, ajudando a gerar previsões mais pessimistas quanto a retomada da economia no quarto trimestre.
No Brasil, será divulgado o Relatório Focus, trazendo as perspectivas dos especialistas de mercado. Devido aos indicadores antecedentes e os anúncios de alguns players é de crescimento da economia. Quanto aos números de inflação para o fim de 2020 tendem a aumentar e no que diz respeito ao avanço das contas públicas, pode haver maior perspectiva de deterioração.