Na última terça-feira (11), os mercados fecharam o dia sem direção única. Enquanto a Europa desempenhou forte alta, nas américas, os mercados derreteram, mediante à tensão política nos Estados Unidos e incertezas no Brasil.
Nos EUA, o dia começou positivo, principalmente para empresas relacionadas à commodities e ao setor produtivo.
O anúncio de uma nova possibilidade de vacina, mesmo que advinda da Rússia, amimou o mercado, especialmente as empresas aéreas, fazendo o Dow Jones e o S&P 500 subirem.
Internamente, os anúncios de Donald Trump, informando que estava aberto a negociar um pacote mais brando com os democratas e um possível corte nas nos impostos para os mais pobres, animaram o mercado.
No entanto, conforme o pregão chegava próximo do fechamento, as notícias em torno do pacote fiscal começaram a ser frustradas, com impasses entre democratas e republicanos. As negociações acabaram travadas, gerando piora em Nova York.
Nasdaq, teve retração de 1,69%. O S&P 500, perdeu 0,80% e o Dow Jones, virou para retração de 0,38%.
Na Europa, o índice ZEW de percepção econômica referente à Alemanha teve resultado acima das expectativas do mercado, contribuindo para que os índices do continente tivessem bons resultados.
Externamente, apesar da certa desconfiança que paira em relação à Rússia, a notícia de uma vacina produzida no país euroasiático também foi um dos drivers que contribuíram para a valorização dos ativos das companhias europeias, com destaque para empresas de aviação.
O mercado também gerou expectativas positivas em relação ao anúncio de Donald Trump quanto ao corte de impostos para a camada mais pobre da população americana e disposição a negociar um pacote de ajuda mais abrangente com os democratas.
Madrid e Milão ampliaram as altas, com ganhos de 2,97% e 2,84% respectivamente. Paris, ganhou 2,41%. Frankfurt, subiu 2,04% e Londres, teve avanço de 1,71%.
No Brasil, o Ibovespa teve retração mediante às incertezas em relação à economia e o próprio índice com alguns investidores observando se ele rompe os 105 mil, ou fica abaixo de 100 mil.
A queda no petróleo também impactou ativos como Petrobrás, com grande peso no índice. Além disso, as quedas nas bolsas americanas, contribuíram para as perdas no Ibovespa.
O principal índice da B3 teve queda de 1,23%, a 102.174 pontos. O dólar, caiu a 0,92%, fechando a sessão cotado a R$ 5,41.
O petróleo, mediante às perspectivas incertas em relação à demanda pela commodity para o ano de acordo com o relatório da EIA, os preços do petróleo não conseguiram sustentar as altas do começo do dia com a esperança de uma nova possibilidade de vacina.
O WTI, teve queda de 0,79%, cotado a US$ 41,61. O Brent, teve realização de 1,09%, cotado a US$ 41,61.
O Bureau of Economics Analysis publicará os dados referentes à inflação aos consumidores para o mês de julho.
O IPC (índice de preços ao consumidor) tem perspectiva conservadora por parte do mercado, uma vez que o número de infectados pelo covid-19 voltou a crescer. Assim, as expectativas de melhora na atividade econômica voltaram a ser questionadas, principalmente pelo fato de os pedidos iniciais por seguro-desemprego no mês terem se mantido em níveis elevados.
As perspectivas para o núcleo do indicador, ou seja, a variação dos preços com exceção de alimentos e energia, também tendem a variar em linha com a observação imediatamente anterior.
O mercado espera que a inflação americana tenha variado 0,3% em julho, mediante alta de 0,6% em junho ao mês. Ao ano, o indicador deve variar em sintonia com mês anterior, mantendo-se em 0,2%. Ao ano, os preços, segundo o que o mercado espera, o IPC deve sair de 1,2% para 1,1%.
Após perspectivas negativas para a demanda anunciadas ontem pelo EIA (Energy Information Administration), hoje a OPEP divulgará seu relatório mensal e a EIA divulgará os dados de produção da commodity.
As perspectivas de queda na demanda anunciadas pela EIA podem estar em acordo com o documento da OPEP, uma vez que as perspectivas em relação ao crescimento da economia global ficarem cada vez mais instáveis uma vez que ainda não há nada concreto no que diz respeito ao combate ao covid-19.
Dado a queda na demanda e perspectivas negativas quanto à mesma, o mercado espera que os estoques de petróleo tenham nova queda, com retração de 3,100 milhões de barris, ante queda de 7,373 na semana anterior.
O Tesouro Americano divulgará os dados referentes ao orçamento do país para o mês de julho.
Apesar do aumento do aumente odos gastos com os benefícios e pacotes de estímulo à e economia americana, os agentes esperam que o déficit do balanço orçamentário tenha queda, saindo de US$-864,0 bilhões para US$-193,0 bilhões.
Apesar da contração nos gastos, existe a possiblidade do indicador superar as negativamente as expectativas dos agentes, devido o avanço do covid-19 ao longo do mês de julho.
Começando pela Zona do Euro a agência Eurostat, espera-se que mensalmente, a produção industrial tenha aceleração menor quando comparado ao mês de junho.
O indicador que vinha com perspectivas positivas também tem tendência de perder força, dado que alguns países voltaram a registrar novo aumento de covid-19 após a reabertura da economia. Os novos surtos, podem levar a novas políticas de restrição social que, mesmo não sendo tão restritivos com anteriormente, podem impactar negativamente a demanda por bens e serviços afetando, por seu turno, a indústria.
Ao ano, espera-se que a indústria ainda tenha contração, mas com dados melhores que os registrados em junho, saindo de -20,9% e alcançando -12,1% em julho.
Ao mês, a expectativa do mercado, é de que o indicador alcance elevação de 10%, mediante avanço de 12,4% em junho.
Do outro lado do Canal da Mancha, a agenda será repleta de dados econômicos, com destaque para o PIB trimestral e produção industrial de junho.
Começando pelo PIB do segundo trimestre, os agentes esperam que o Office for National Statistics divulguem dados negativos para a atividade econômica do Reino Unido.
Após resultados negativos para outros países da Europa e dos Estados Unidos, as perspectivas para o Reino Unido podem superar seus pares europeus, uma vez que a Inglaterra foi um dos países que mais sofreu com os impactos do covid-19.
Ao trimestre, espera-se queda de 20,5%, ante retração de 2,2% no primeiro trimestre. Ao ano, a expectativa é de contração de 22,4%, ante -1,7% na observação imediatamente anterior.
A agência também divulgará os dados da produção industrial para o mês de junho.
Para a indústria, mercado está mais esperançoso, haja vista a reabertura econômica, decorrente do achatamento da curva do número de infectados pelo covid-19 a partir do começo de junho.
Os números esperados pelo mercado são de elevação de 9,2% ao mês em junho, mediante crescimento de 6,0% em maio. Ao ano, ainda não há recuperação, mas a melhora esperada é expressiva, com o indicador saindo de -20,0% para 12,8%.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará os dados em relação ao varejo.
Após dados acima do esperado, o mercado está um pouco mais cauteloso para os dados de junho. A precaução do mercado se deve ao fato do número de infectados pelo covid-19 ainda continuar em números elevados e a atividade econômica, apesar da melhora, ainda continua em baixa.
No entanto, a expectativa não deixa ser elevada para o varejo no mês ainda é elevado, com os agentes esperando avanço de 6% no indicador, ante 13,9% em maio. Ao ano, a expectativa é de retração de 12,1%, ante retração de 7,2%.