Mercados tentam recuperação no ocidente em dia de decisão do FOMC.

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As bolsas europeias fecharam em queda com receio no avanço no número de infectados pela nova cepa do Covid-19 sendo um fator de aumento da incerteza, podendo postergar os passos finais da reabertura, mesmo que o número de mortes não esteja subindo. O noticiário negativo advindo da China também impactou negativamente o mercado.

Em Wall Street os mercados seguiram os temores em relação à variante Delta e as intervenções da China em importantes mercados.

Os mercados brasileiros seguiram o mesmo caminho de seus pares globais. As intervenções da China e o mau-humor global fez com que os agentes fugissem de mercados de risco. Quanto aos dados de conjuntura, o investimento estrangeiro direto (IDP) aquém do esperado mostra que o Brasil está perdendo espaço nos investimentos estrangeiros. O setor de construção também demonstrou fragilidade devido ao aumento nos custos apresentados pela FGV.

Para hoje (28/07)

Na Ásia, mais uma vez os mercados apresentaram fragilidade devido à intervenção da China em importantes mercados, mais precisamente, tecnologia, educação e setor imobiliário. O avanço da variável Delta e as restrições na Austrália ainda assusta os mercados.


Os mercados europeus se recuperam das últimas quedas com o resultado de importantes companhias e como a Barclays, Rio Tinto e Santander. Quanto aos dados de atividade econômica, os indicadores nos preços no Reino Unido tiveram queda, tal como o clima do consumidor na Alemanha.

Os futuros das principais bolsas nos Estados Unidos operam em alta, com perspectivas positivas dos balanços de importantes companhias como Facebook, PayPal e outras. Algumas empresas já apresentaram números acima do esperado, como é o caso de Alphabet, Pfizer, ADP, McDonald’s, Microsoft, Apple, Visa e Starbucks que saíram ontem.  Os agentes também aguardam o resultado da reunião do FOMC, além dos outros dados de conjuntura e estoques de petróleo bruto.

No Brasil os contratos do mini índice futuro abrem em alta, indicando possível correção parcial do Ibovespa, após forte queda de ontem. Os baços de CSN (CSNA3), Tim (TIMS3) e Assaí (ASAI3) divulgados ontem ficaram acima do esperado pelo consenso de mercado contribuindo para recuperação. Hoje também são divulgados os números de importantes companhias:

O índice de preços ao produtor subiu às 1,31% em maio, acumulando 19,11% ao ano, chegando ao maior número desde 2014, em 12 meses o índice chegou a 36,81%. Os problemas em torno das cadeias produtivas devido ao forte aumento da demanda e aumento nos preços de commodities, máquinas e equipamentos e na energia no mês de referência contribuíram para alta no índice.

O Bacen divulgou o crescimento dos empréstimos bancários em junho. O indicador evidenciou avanço de 0,9% contra 5,7% em relação ao período imediatamente anterior. A autoridade monetária, a partir das 11:30 fará a oferta de até 15.000 swaps cambiais.

Os investidores também ficarão atentos aos dados da dívida pública federal que será divulgada às 14:30.

Os agentes também ficarão atentos à declaração do FOMC e ai pronunciamento de Jerome Powell.

Autor: Matheus Jaconeli

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