Mercados sobem mediante novas notícias de China e Powell afirmando 50 p.b.

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Nos Estados Unidos, os receios são em torno do avanço da inflação, com o IPP avançando 11% acima das expectativas de 10,7%, se mantendo em níveis elevados para o país. Todavia, o dia foi de volatilidade com o mercado se recuperando consideravelmente ao fim do pregão. O Senado Americano votou na permanência de Jerome Powell, para um mandato de quatro anos à frente do FED. Os investidores continuam de olho na possibilidade da continuidade de alta de juros, mas sem novidades concretas sobre a reabertura na China, que faz com que o mercado continue a tirar pressão das Treasuries fazendo com que a alta de 75 p.b saia da mesa. O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,33%, a 31.730,30 pontos. O S&P 500 perdeu 0,13%, a 3.930,08 pontos. Já o Nasdaq subiu 0,06%, a 11.370,96 pontos.

 Na Europa, os mercados fecharam em queda com os comentários hawkish que crescem paulatinamente por parte do BCE. As notícias em torno do impedimento de um gasoduto ucraniano enviado para o continente. Na agenda econômica, o PIB britânico ficou aquém do esperado subindo 0,8% ante 1%. Londres teve queda de 1,56%. Frankfurt teve queda de 0,64%. Paris caiu 1,01%. Milão cedeu 0,49%. Na península ibérica, Lisboa e Madri tiveram perda de 2,33% e de 1,35% respectivamente.

No Brasil, não obstante a alta dos DIs e cenário de aversão ao risco no país, o setor de serviços teve alta de 1,7% em março contra a expectativa de 0,7%, podendo indicar o princípio de uma recuperação após as quedas de fevereiro (-0,2%) e de janeiro (-0,1%). Assim, tivemos ganhos de ativos descontados relacionados à serviços e consumo como Cogna (COGN3), Qualicorp (Qualicorp), Magazine Luiza (MGLU3), Yduqs (YDUQ3). Pelo lado da queda, os receios da continuação de fechamento na China, que apesar das notícias positivas na véspera, não houve nada novo que amplie as expectativas de abertura. Assim, CSN (CSNA3), Vale (VALE3) Usiminas (USIM5) e Braskem (BRKM5) operando em queda. No Caso de SLC (SLCE3), os bons números, acima do esperado, foi uma sinalização para a realização no ativo que vinha se valorizando bem.

Para hoje (13/05)

Na Ásia, os temores da véspera se arrefeceram mediante novas notícias do fim da transmissão comunitária de Covid e o governo chinês afirmar que descartam o lockdown em Pequim. Shanghai teve alta de 0,96%. O Nikkei ganhou 2,64%. Hong Kong e a Coreia do Sul tiveram alta de 2,68% e 2,12% respectivamente.

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,98%, a 823,00 iuanes, o equivalente a US$ 121,27

Com Powell reafirmando alta de 50 p.b os futuros das principais bolsas americanas operam em alta. Na agenda econômica, os investidores ficarão de olho nos números de expectativa e percepção do consumidor de Michigan com expectativa de 63 e 64 pontos respectivamente. Os preços de bons importados e exportados também ficam no radar com perspectiva de forte queda. O discurso de membros do FED também está no foco, Kashkari fala às 12h e Master às 13h.

Na Europa, os mercados avançam com a produção industrial caindo menos que o esperado (-0,8% contra projeção de -1%). O dado é positivo tendo em vista os receios gerados pela crise energética. Outro ponto importante, são os anúncios advindos da China, podendo melhorar as perspectivas de crescimento global.

No Brasil, o mercado tende a seguir o caminho da bolsa no exterior dado que a China dá boas sinalizações, aumentando a alta nos preços das commodities, o que contribuirá para ativos de grande participação no Ibovespa. Na agenda econômica, o destaque é a PNAD. Na agenda de balanços temos: Auren (AURE3), Biomm (BIOM3), Celesc (CLSC4), Cemig (CMIG4), Cosan (CSAN3), Cyrela (CYRE3), Eucatex (EUCA3), Fertilizantes Heringer (FHER3), Kora (KRSA3), Lupatech (LUPA3), M Dias Branco (MDIA3), Raízen (RAIZ4), Renova (RNEW3), Saraiva (SLED3), SER Educacional (SEER3) e Wilson Sons (PORT3).

No corporativo, a Americanas (AMER3) teve prejuízo de R$ 137 milhões no 1º trimestre, queda de 38%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado aumentou 57,9%, para R$ 660 milhões. A margem Ebitda ajustada aumentou 1,9 ponto porcentual, a 9,8%.

O lucro líquido da B3 (B3SA3) caiu para R$ 1,1 bilhão no 1T22. Um ano antes, a B3 havia lucrado R$ 1,25 bilhão. O Ebitda caiu 11,5%, para R$ 1,7 bilhão, com a margem recuando de 83,1% para 75,4%.

A MRV (MRVE3) registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 71 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), montante 47,8% inferior ao reportado no mesmo trimestre de 2021. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 5,8% no 1T22, totalizando R$ 199 milhões.

O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, solicitou formalmente nesta quinta-feira (12) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a realização de estudos para que a Petrobras (PETR3;PETR4) e a PPSA sejam privatizadas.

Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917  

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