Mercados sobem com Fauci amenizando os riscos em relação à ômicron

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Os mercados europeus tiveram mais um dia de queda na sexta-feira (03). Com os dados do payroll nos Estados Unidos aquém do esperado e o avanço da ômicron no continente, ao passo que os cidadãos do continente lutam contra as medidas de distanciamento social fizeram com que as bolsas tivessem mais um dia de perdas. Os dados referentes ao PMI de serviços também vieram abaixo das expectativas na Zona do Euro e Reino Unido, pelo lado positivo, se destacaram as vendas no varejo subindo 1,4% em outubro contra as estimativas de 1,2%.  Londres teve queda de 0,10%.  Frankfurt cedeu 0,61% e Paris teve recuo de 0,44%.  Milão perdeu 0,44% e na península ibérica, Lisboa e Madri tiveram baixa de 0,12% e 0,71% respectivamente.

Nos Estados Unidos a sexta-feira (03) também foi de mau humor. Os dados do payroll aquém do esperado apontando a criação 210 mil empregos contra expectativa de 550 mil gerou decepção aos investidores. Apesar do dado ser ruim, ele não é suficiente para que o FED volte atrás no que diz respeito aos últimos anúncios referentes ao endurecimento da política monetária. Adicionalmente, os receios quanto ao avanço da ômicron também ficaram no radar. O Dow Jones teve queda de 0,17%. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram recuo de 0,84% e 1,92% respectivamente.

No Brasil, o mercado resistiu às quedas globais com o Ibovespa fechando com alta de 0,58% a 105.070 pontos. A aprovação da PEC dos precatórios continuou a animar os agentes. A produção industrial caindo fortemente e os PMIs apresentando números menores que os anteriores, os investidores deram maior atenção ao cenário fiscal menos nebuloso com a aprovação.

Para hoje (06/12)

Hoje, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda. Embora a autoridade monetária chinesa tenha cortado os compulsórios para estimular a economia do país, a volta dos temores em torno do mercado imobiliário devido à possibilidade de calote da Evergrande, mudança estrutural na Alibaba e possibilidade de a Didi Global deixar Wall Street devido às pressões de Pequim, fizeram a maioria das bolsas fecharem queda. O Shanghai Composto teve queda de 0,50% e o Shenzhen teve recuo de 1,22%. Taiwan teve baixa 0,05%. Hong Kong teve baixa de 1,76%. Tóquio baixou 0,36%. Seguindo caminho contrário, Seul subiu 0,17% juntamente com o setor eletrônico ignorando as restrições geradas pelo avanço do coronavírus no país.

O minério de ferro em Singapura teve alta de 1,71% a US$ 103,30 devido aos estímulos por parte do BPoC.

As bolsas na Europa começam o dia em alta. O anúncio de Fauci referente à ômicron com a possibilidade de a nova variante não ser tão perigosa anima os investidores. A alta nas commodities também contribuem para o ímpeto das bolsas eclipsando os dados ruins das encomendas à indústria na Alemanha e de confiança na Zona do Euro.

Os futuros americanos também operam em alta impulsionados pelas declarações de que não enxerga grande gravidade para a variante ômicron, fazendo o mercado se recuperar.

No Brasil, o Relatório Focus apresenta mais uma queda para as estimativas do PIB para o final de ano com estimativa de 4,71% para o fim de 2021 e 0,51% 2022. Para o IPCA, mais uma semana de estimativa de alta com 10,18% para esse ano e 5,02% para 2022.

O investidor deve ficar atento às notícias em relação à Petrobras. Hoje será anunciada a política de redução de preços.

BC oferta 14.000 contratos swap cambial em leilão para overhedge a partir das 10:30.

Autor: Matheus Jaconeli

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