Mercados sobem aguardando decisão menos abrupta do FED e com recuperação de commodities

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Os mercados europeus se recuperaram na sexta-feira (15). O movimento de correção das bolsas aconteceu após os temores em torno da escassez do gás russo. Sem dados na agenda econômica, os investidores ficaram de olho na Itália com o presidente do país, Sergio Mattarella a rejeitar a renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi, o que foi visto positivamente para o mercado.

Ademais, as perspectivas de um FED menos hawkish, apesar da inflação, também aliviou os mercados. Londres teve alta de 1,69%. Frankfurt ganhou 2,76%. Paris avançara 2,04%. Milão ganhou 1,84%. Madri e Lisboa tiveram avanço de 1,81% e 2,83% respectivamente.

Nos Estados Unidos, também foi dia de avanço. O anúncio de membros do FOMC a considerar que alta de juros vá na linha dos 75 pontos base e não de 100 gerou um momento calmaria no mercado.

Quanto aos dados de atividade econômica, o varejo ficou acima do esperado com alta de 1% ante as projeções de 0,8%. A produção industrial ficou aquém das expectativas com queda de 0,2%. Já os indicadores de Michigan, tiveram melhora. O índice S&P 500 fechou em alta de 1,92%, a 3.863,16 pontos. O Dow Jones subiu 2,15%, a 31.288,26 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 1,79%, a 11.452,42 pontos.

No Brasil, o mercado seguiu seus pares globais em dia de agenda econômica vazia. A perspectiva de um FED menos agressivo e a alta do petróleo contribuiu para o avanço de importantes companhias como Petrobras com alta de 1,99% a PETR3 e de 1,71% a PETR4.  Não obstante a queda do minério de ferro na China após os dados ruins de crescimento e produção industrial, as companhias do setor de mineração e siderurgia tiveram recuperação ao longo do pregão. Mediante tal cenário, o Ibovespa teve alta de 0,45% a 96.551 pontos.

Para hoje (18/07)

Os mercados asiáticos fecharam em alta acompanhando o bom humor ocidental enquanto os investidores do continente aguardam a decisão da taxa de juros na China e no Japão. Shanghai teve alta de 1,55% com uma grande produtora de aço tentando aliviar as preocupações com crise imobiliária do país. O Nikkei não abriu devido a um feriado local. Hong Kong e Seul tiveram avanço de 2,7% e 1,9% respectivamente.

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 2,18%, a 679,00 iuanes, o equivalente a US$ 100,76.

Os futuros nos Estados Unidos começaram o dia em alta com a repercussão de aumento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros do país. Outro fator importante é divulgação dos balanços corporativos.

Os mercados europeus sobem estendendo os ganhos da última sexta-feira em semana marcada pela decisão sobre juros do Banco Central Europeu.

No Brasil, os investidores devem acompanhar o bom humor global e a alta nos preços das commodities. Como fator de risco temos a possiblidade da criação de nova regra fiscal no Brasil a esteira da criação da PEC dos benefícios.

No corporativo, a Petrobras que concluiu a recompra de US$ 791 milhões em títulos globais. Além disso, a estatal aprovou seu primeiro programa de recompra de debêntures.

A Vale conclui venda de ativos para J&F, holding controladora da JBS.

A Rumo vendeu 80% da sua participação acionária na sua controlada Elevações Portuárias (EPSA) à CLI.

A EZTec registrou valor geral de vendas (VGV) de R$ 414 milhões no segundo trimestre de 2022. No acumulado do ano, o VGV da construtora foi de R$ 903,8 milhões, conforme prévia operacional divulgada.

O grupo Ser Educacional aprovou a terceira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com prazo de vencimento de cinco anos, no montante de R$ 200.000.000,00 para distribuição pública em oferta restrita, voltada somente para investidores profissionais.

A Eletrobras anunciou nesta sexta-feira o pagamento de R$ 5,26 bilhões por suas subsidiárias à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), no âmbito do processo de desestatização da companhia.

Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917

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