Na Europa, os principais índices fecharam em alta. Os investidores continuaram o movimento de compra do dia anterior acompanhando a melhora nas perspectivas de melhora na situação da questão da Covid-19 na China. Internamente, a inflação alemã ficou dentro do esperado subindo, 7,4% ao ano. Londres fechou com alta de 1,24%. Frankfurt ganhou 2,17%. Paris subiu 2,50%. Milão teve avanço de 2,59%. Na península ibérica, Lisboa e Madri tiveram ganhos de 1,21% e 2,13% respectivamente.
Por mais que os indicadores de inflação nos Estados Unidos ficassem acima do esperado, a curva de juros americana que coloca o rendimento do Tesouro de 2 anos contra o de 10 comece a estabilizar, pois um FED agressivo com altas de 0,75 pontos base, poderia jogar a economia em recessão como observou o presidente do FED de Atlanta, Raphael Bostic, a probabilidade maior é de aumentos de 50 p.b. Todavia, com a inflação ainda elevada, chegando a 8,3% ao ano faz todos os índices de Nova York cederem. O Dow Jones teve perda de 1,02%. O S&P 500 e Nasdaq perderam 1,65% e 3,18% respectivamente.
No Brasil, a situação é diferente com o Ibovespa fechando com alta de 1,25% a 104.396,90 pontos. A alta das commodities como o minério de ferro e o petróleo após a China informar que algumas regiões do país não passam mais por transmissão comunitária e o número de novos casos estão caindo pela metade em Pequim. Tal cenário contribui para destaques positivos da bolsa como Vale (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e Petrorio (PRIO3). O setor financeiro também é um dos destaques do dia, principalmente Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), acompanhando a alta dos juros internos pressionados por dados do IPCA de 1,06% ante expectativa de 1,00%.
Pelo lado negativo, temos a Qualicorp (QUAL3) com os investidores digerindo a queda de 35,3% no lucro. O mercado realizou suas posições em Hypera (HYPE3) após a confirmação da aquisição estratégica do princípio ativo do Buscopam. Vivo (VIVT3) também teve balanço aquém do esperado somando Lucro Líquido de R$ 750 milhões, uma queda de 20,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Setorialmente, empresas de consumo discricionário também têm queda, sendo pressionadas pelos juros e inflação.
Para hoje (12/05)
Os mercados asiáticos fecharam em queda acompanhando a realização dos mercados nos EUA. A inflação acima do esperado e os ruídos advindos da Europa também acabaram por fazer preço. Shanghai teve perda de 0,12%. O Nikkei perdeu 1,77%. Hong Kong e o Kospi tiveram recuo de 2,24% e 1,63% respectivamente.
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 1,36%, a 796,00 iuanes, o equivalente a US$ 117,21
Os índices nos Estados Unidos continuam em queda acompanhando os movimentos da véspera. Na agenda econômica, os investidores ficarão de olho no índice preços ao produtor com expectativa de chegar a 10,7% no ano. Teremos discursos de Daly e divulgação do relatório de WASDE relacionado ao setor agrícola.
Na agenda coorporativa o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um desempenho 34,6% superior ao reportado no mesmo período de 2021.
A JBS (JBSS3) reportou lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um crescimento de 151,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A Minerva (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 114,6 milhões no 1º trimestre, retração de 55,8% na comparação com mesmo período de 2021.
A Braskem (BRKM5) reportou lucro líquido de R$ 3,884 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um crescimento de 56% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A Aliansce Sonae (ALSO3) registrou lucro líquido de R$ 55,9 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um desempenho 33,6% superior ao reportado no mesmo trimestre de 2021.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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