Mercados reagem ao FED mais duro com inflação e fica de olho em dados do PIB americano

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Os mercados europeus continuaram em recuperação, como fecham mais cedo, sem acompanhar as quedas dos mercados americanos após o discurso de Jerome Powell. O índice pan-europeu, Stoxx 600, teve elevação 1,68%. Londres subiu com os ativos de energia acompanhando a alta do petróleo e o avanço de companhias aéreas, o FTSE 100 subiu 1,33%. Frankfurt subiu 2,22%. Paris avançou 2,11%. Milão ganhou 2,12%. Na península ibérica, Lisboa e Madri subiram 2,12% e 1,66% respectivamente.

Em Nova York, após alta inicial os mercados fecharam majoritariamente em queda. A coletiva do presidente do FED, Jerome Powell, fez com que o mercado devolvesse os ganhos. A decisão do FOMC foi manter a taxa de juros no intervalo 0% – 0,25%, mas o banco central americano informou que na próxima reunião já poderá reduzir os juros. No comunicado, a autoridade monetária tirou um parágrafo que falava sobre esperar condições de emprego e atividade, evidenciando que tais questões já foram atingidas. Na coletiva de imprensa, Powell se mostrou bem mais intolerante à inflação ocasionando mau-humor nos mercados. O Dow Jones teve queda de 0,38%. O S&P 500 perdeu 0,12% o Nasdaq fechou próximo da estabilidade a 0,02%.

No Brasil, o mercado fechou em alta, mas os ganhos foram reduzidos devido ao posicionamento do FED. Dentre os setores de destaque, os ativos que tiveram maior alta foram aqueles descontados relacionados à reabertura e consumo. O Ibovespa teve alta de 0,98% a 111.289 pontos. 

 Para hoje (27/01)

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda respondendo à sinalização mais hawkish por parte de Jerome Powell o que eclipsou uma notícia interna positiva relacionada ao pagamento de dívidas por parte da Evergrande. Na China, o Xangai composto o Shenzhen tiveram queda de 1,78% e 2,87% respectivamente. O Kospi teve perda de 3,50%. No Japão o Nikkei teve retração de 3,11%. Hong Kong e Taiwan tiveram perdas de 1,99% e 0,15% respectivamente.

O minério de ferro em Dalian subiu 2% cotado a US$ 123,07.

Na Europa, após abertura em queda por conta da sinalização do FED os mercados buscam recuperação. Internamente, as apostas em relação a notícia são menos agressivas, dado que alguns países da Zona do Euro ainda não estão em condições confortáveis de emprego e atividade.

Os futuros americanos se mostram voláteis com os investidores de olho na decisão no posicionamento de Powell. No dia há indicadores importantes a serem divulgados como o PCE e o PIB, além dos dados semanais de pedidos por seguro-desemprego.

No Brasil, os investidores devem ficar atentos aos movimentos externos após ao anúncio hawkish por parte de Jerome Powell. O DXY já operava em alta na abertura. Pelo lado positivo o petróleo e o minério em alta podem contribuir para o desempenho dos ativos das companhias do setor, as ADRs de Vale e Petrobras operam em alta.

O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2024 e 2025, além de NTN-Fs para 2029 e 2033.

A agenda econômica interna está com poucos dados com a divulgação do Índice de Confiança da Indústria saindo de 100,1 para 98,4 pontos.

Na agenda corporativa, Cosan informou que a Trizy, plataforma digital de serviços para transporte de cargas, emitirá novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, representativas de 20% de seu capital social, a serem subscritas por Nstech pelo valor de R$ 40 milhões. A Minerva conclui recompra, cancelamento de US$ 48,1 mi em bonds. Hypera aprova emissão de R$ 500 mi em debêntures simples e Equatorial Energia lança oferta de 87,7 mi de ações.

Autor: Matheus Jaconeli

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