As principais bolsas europeias fecharam o dia em queda, com menor apetite ao risco em Nova York, após fortes altas nos pregões anteriores. Um trigger negativo importante, foi a redução das perspectivas de crescimento por parte do governo alemão e na França, as projeções para este ano subiram, mas há expectativa menor para o ano de 2022.
Nos Estados Unidos, as principais bolsas do país fecharam em queda. Embora os resultados trimestrais estarem entregando bons números, os investidores devolveram os ganhos. Adicionalmente, as principais encomendas por bens duráveis tiveram queda por conta da restrição na oferta de componentes para produção de produtos como aeronaves, a queda nos preços do petróleo, também afetaram as companhias.
No Brasil, o começo do pregão foi positivo, com os agentes aproveitando as pechinchas após fortes quedas acompanhando a divulgação de balanços. Todavia, a cautela pré-Copom e a pressão externa acabaram fazendo com que o mercado não suportasse alta.
Para hoje (28/10)
Na Ásia, após Joe Biden criticar o posicionamento da China contra Taiwan. Internamente, o Banco Central do Japão (BoJ) não fez alterações na política monetária e reduziu as projeções de crescimento econômico. Na China, em meio à crise energética, Pequim busca estabilizar os preços do carvão, impactando as companhias do setor.
O minério de ferro teve retração de 4,55% em Singapura e em Qingdao teve queda de 6,02%.
As bolsas europeias operam mistas a espera da decisão da política monetária do Bacen e observando os balanços de importantes companhias. Pelo lado positivo, os indicadores de confiança da Zona do Euro vieram acima dos esperados.
Nos Estados Unidos os futuros operam em alta, em dia de balanços de importantes companhias e a espera da divulgação do PIB.
No Brasil, os investidores ficarão atentos à repercussão da decisão da política monetária. Ontem, o Bacen elevou a taxa Selic de 6,25% para 7,75% de acordo com a expectativa do mercado sinalizando preocupações com a inflação e os ruídos fiscais.
Pelo lado dos indicadores de conjuntura, o IBRE-FGV divulgou o IGP-M de outubro. O indicador registrou elevação de 0,64% após a retração de 0,64% no mês imediatamente anterior. O Índice Nacional da Construção Civil foi o subíndice que subiu em relação a setembro, mas o IPC continua com variação elevada e o IPA saiu de uma queda de 1,21% e subiu 0,53% em outubro. Em 12 meses, o IGP-M tem elevação de 21,73% e de 16,74% no ano.
O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFT para 2023 e 2027
Na agenda política, a PEC dos precatórios foi adiada com tentativa de votação no dia 3 de novembro.
Na agenda de balanços temos: VALE3, PETR3, ABEV3, SUZB3, ALPA4, ASAI3, TRPL3, EMBR3, LCAM3, GOLL4, FLRY3 e HGTX3.
Autor: Matheus Jaconeli