Mercados operam em queda de olho em dados da China e crise geopolítica.

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As principais bolsas europeias fecharam em alta na última sexta-feira (13). Embora os receios em torno do crescimento no número de infectados pela variante Delta permaneçam, os investidores deram maior atenção aos números positivos dos balanços que foram divulgados ao longo da semana. Quanto aos indicadores de atividade econômica, a balança comercial da Zona do Euro acumulou € 18 bilhões e o índice de preços ao produtor da Alemanha saiu de 1,5% para 1,1% em julho.  

Em Nova York, os mercados também fecharam em alta, sustentados pelos números dos balanços de importantes empresas, como a Walt Disney. No entanto, os ganhos foram limitados pela queda nos indicadores de expectativa dos consumidores de Michigan.


No Brasil, os principais índices da B3 acompanharam os seus pares globais, mas não foi suficiente para limitar a perda na semana. Além do apetite pelo risco observado no exterior, os balanços positivos e o IBC-Br de 1,14%, ante expectativa de elevação de 0,4%, também deram suporte ao mercado. Os juros, por sua vez, continuaram a espelhar os riscos políticos e fiscais.

Para hoje (16/08)

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta madrugada (16) devido aos números do varejo, produção industrial e investimento em ativos fixos na China aquém do esperado, impactando o mercado asiático. Pelo lado positivo, na agenda econômica, a prévia do PIB do anual e trimestral do Japão superaram as expectativas.

Na Europa, o mau-humor é generalizado devido à crise geopolítica instaurada pela tomada do Afeganistão pelo Talibã ao passo que as forças militares americanas saem do país. Os dados frustrantes da China e o avanço de infectados pela variante Delta, contribuem para o cenário de aversão ao risco.

Como ocorre na Europa, os futuros nos Estados Unidos também operam em queda, devido ao receio geopolítico global e avanço da nova variante nos países do norte do globo.

Na divulgação do Relatório Focus o IPCA é revisado para 7,05%, a Selic para 7,5% e o PIB tem diminuição em sua projeção para 5,28%.

Ao longo do dia, o mercado ficará atento aos efeitos da crise geopolítica no exterior e a queda nos preços do minério de ferro em Qingdao (-0,89%) e os indicadores aquém do esperado na China também farão preço. Internamente, os ruídos políticos e adiamento da reforma do IR para terça-feira, ficarão no radar.

Sobre a COVID-19, o ministério da saúde busca adiantar a segunda dose da Pfizer em setembro para adultos.

O Bacen fará leilão de até 15.000 contatos de swaps a partir das 11h.

Na agenda de balanços temos: Hermes Pardini, Méliuz pré-mercado; Cemig, Boa Vista, Cruzeiro do Sul, Focus Energia, Gafisa, IRB, Mosaico e Yduqs pós-mercado.

Autor: Matheus Jaconeli

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