Mercados operam em alta no exterior e destaque nacional para as varejistas e processadoras de proteína

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Na Ásia, os mercados fecham mistos com os investidores considerando a melhora dos dados de inflação nos Estados Unidos e os ruídos relacionados à China e Taiwan. Na China, o agregado monetário teve avanço de 12% acima das expectativas e no Japão, Fumio Kishida, primeiro-ministro do país informou que encontrará maneiras de reduzir os preços do combustível. Shanghai teve perda de 0,15%. O Nikkei teve alta de 2,62%. Hong Kong e Seul tiveram alta de 0,46% e 0,16% respectivamente.

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 0,54%, a 730,50 iuanes, o equivalente a US$ 108,41.

Após a volatilidade da véspera devido ao fato de que membros do FED comunicaram que, embora os sinais de inflação estejam saindo do topo, a autoridade monetária ainda precisa subir juros, os futuros abrem em alta. Os dados de inflação aquém do projetado ao longo da semana, pode trazer boas perspectivas para os índices de percepção da Universidade de Michigan.

Na Europa, os mercados também avançam. A produção industrial subiu acima do esperado (+0,7%) na Zona do Euro. No Reino Unido, o PIB caiu menos que o esperado em 0,2%. Na França a taxa de desemprego permaneceu em 7,3% e a inflação foi de 6,5% para 6,8% conforme o esperado.

No Brasil, após o Ibovespa ter caído 0,47% a 109.718 pontos acompanhando o mau humor de final de dia em Nova York, o mercado pode acompanhar o bom humor externo. Todavia, para o setor de commodities metálicas e agrícolas podemos observar recuo tendo em vista a queda do minério de ferro e do petróleo. O anúncio de que Petrobras fará uma nova redução nos preços do diesel poderá contribuir para a alta de distribuidoras, como é o caso da Vibra.

Na política, o governo editou decreto para regulamentar o crédito consignado para quem possui o Auxílio Brasil.

Os grandes destaques nacionais, de fato, são os resultados de balanços com a JBS a registrar lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2022, informou a companhia nesta quarta-feira (10), queda de 9,5% na base anual. A queda do lucro se dá mesmo com a companhia registrando um aumento da receita líquida de 7,7% na base anual, para R$ 92,1 bilhões.

A Marfrig (MRFG3) registrou um lucro líquido de R$ 4,255 bilhões no segundo trimestre de 2022, informou a companhia nesta quinta-feira (11), crescimento de 144,9% na base anual.  A companhia atribui o resultado ao forte desempenho operacional do período e principalmente pelo impacto de aproximadamente R$ 3,8 bilhões do laudo de avaliação a valor justo no investimento da BRF.

A Magazine Luiza (MGLU3) registrou um prejuízo líquido de R$ 135 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 89,1 milhões do mesmo período do ano passado. O desempenho, em parte, reflete o recuo da receita líquida da varejista, que caiu 5% na base anual, para R$ 8,5 bilhões. A receita bruta caiu na mesma porcentagem, chegando a R$ 10,3 bilhões, impactada, de acordo com a companhia, pelo menor volume de vendas nas categorias bens duráveis em decorrência da inflação.

A Americanas (AMER3) registrou um prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre de 2022, informou a companhia nesta quinta-feira (11). O número é 15,6% maior do que o prejuízo de R$ 85 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

A Via (VIIA3), dona das Casas Bahia e Ponto, teve lucro contábil de R$ 6 milhões, segundo dados enviados à CVM, o que representou uma queda de 95,5% frente aos R$ 132 milhões de igual período de 2021.

Na agenda de balanços serão divulgados: Cemig (CMIG4), Cosan (CSAN3), Eletrobras (ELET6), Grazziotin (CGRA3), Lupatech (LUPA3), M Dias Branco (MDIA3), Mobly (MBLY3) e mais empresas após o fechamento do mercado.

Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917

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