Mercados operam em alta em semana importante de decisão de Bancos Centrais

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As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda devido a mais um dia de aversão ao risco. Mais uma vez os receios em torno dos possíveis fechamentos ocasionados pelo avanço da nova variante da Covid-19, a ômicron, afetou os mercados. Na agenda econômica, os dados de produção do Reino Unido vieram ruins e a inflação alemã continuou em níveis elevados. Londres recuou 0,4%. Frankfurt perdeu 0,1%. Paris teve queda de 0,24%. Milão teve perda de 0,36%. Na península ibérica, Lisboa e Madri tiveram recuo de 0,55% e 0,47% respectivamente.

Nos Estados Unidos as bolsas fecharam em alta, com o S&P 500 batendo novo recorde. Todavia, o mercado continua acompanhando os dados de inflação que chegam aos seus maiores níveis (dentro do preço), dado que veio de acordo com o esperado. O S&P 500 ganhou 0,95%, para 4.711,65 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,72%, para 15.630,60 pontos. O Dow Jones subiu 0,60%, para 35.970,93 pontos.

No Brasil, o mercado também subiu, com o principal índice da B3 tendo alta de 1,38% em 107.758 pontos. Após um dia de forte queda por conta do Bacen mais hawkish, a inflação subindo 0,95% ante a expectativa de 1,08% em novembro, fazendo com que setores que perderam na quinta-feira (09), tivessem ganhos na sexta-feira (10).

Para hoje (13/12)

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única com os investidores a ponderar o otimismo de Nova York e a sinalização de estímulos na China por parte do primeiro-ministro do país, Li Keqian, que já vê estabilização da economia, mas acredita que mais estímulos sejam necessários. Pelo lado negativo, seguem os problemas em torno da Evergrande e os EUA a incluir empresas chinesas sem suas listas de sanções. Hong Kong cedeu 0,17% Taiwan retrocedeu 0,33%. Na China continental, Xangai e Shenzhen tiveram alta de 0,40% e 0,60% respectivamente. Tóquio ganhou 0,71% e Seul retrocedeu 0,71%.

Em Singapura, o minério de ferro teve alta de 6,37%, cotado a US$115,25.

Na Europa, os mercados operam em alta aguardando uma semana de importante decisão por parte dos bancos centrais e se recuperando das quedas de sexta-feira (10).  A variante ômicron continua no radar. Os governantes do continente podem apertar as medidas restrição social como contundente alerta de Boris Johnson falando de um “maremoto” de casos de Covid-19. A agenda econômica está vazia, com os investidores observando os preços do atacado na Alemanha e documentos do BOE.

Nos Estados Unidos, os futuros operam em alta continuando o movimento de sexta-feira (10). Com a agenda vazia, os agentes aguardam as decisões dos bancos centrais. O Dow Jones e parte do S&P 500 devem se beneficiar das altas do petróleo e minério de ferro.

No Brasil, o Bacen publicou o Relatório Focus com as expectativas do mercado com uma novidade. Após muitas semanas, pela primeira vez, há expectativa para uma inflação mais baixa para esse ano em relação à semana imediatamente anterior, repercutindo a inflação aquém do esperado divulgada na sexta-feira (10). Assim, o esperado, segundo o documento, é de que a inflação fique em 10,05% ante 10,18%. O PIB, no entanto, chega nona semana de expectativa de queda, em 4,65%.

O BC também ofertará 14.000 contratos de swap para overheadge e 15.0000 para rolagem, a partir da 10:30 e 11:30 respectivamente.

Na política e no fiscal seguem as discussões em torno das partes que não houve acordo. Também há a discussão de corto na previdência e ministérios.

De olho nas eleições, os indecisos podem ser conquistados por Moro, diz pesquisa, fortalecendo a terceira via.

Com o bom-humor externo e alta das commodities, o Ibovespa tende a subir, com o impulso de mineradoras, siderúrgicas e companhias ligadas ao setor de petróleo.

Autor: Matheus Jaconeli – CNPI 2917

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