As bolsas europeias fecharam mistas no pregão dessa quarta-feira (13). Os investidores ficaram de olho na continuidade da divulgação de números de inflação. Agora, os números foram do Reino Unido, a inflação do país insular teve elevação de 7%, acima das projeções de 6,7%. Os receios em torno do conflito na Zona do Euro também ficaram no radar dos investidores com a permanência da guerra na Ucrânia, agora com o esforço russo em Mariupol, deixando a cidade cercada. Londres teve alta de 0,05%. Frankfurt perdeu 0,34%. Paris teve alta marginal de 0,07%. Milão subiu 0,22%. Madri teve ganho de 0,46% e Lisboa perdeu 0,26%.
As bolsas americanas tiveram alta com os investidores se recuperando da queda do dia anterior. A queda nas Treasuries de 10 anos contribuiu para o avanço do Nasdaq fechando em 2,03%. O Dow Jones e o S&P 500 tiveram alta de 1,01% e 1,12% respectivamente, embora as grandes empresas como BlockRock e JP Morgan tenham evidenciado queda, as perspectivas positivas de curto prazo para economia por parte das importantes instituições financeiras.
No Brasil, a bolsa teve alta moderada, sendo impactada pela alta do avanço nos DIs, fazendo com que algumas ações do setor de consumo caíssem. Todavia, a alta do petróleo e algumas notícias positivas dentro do corporativo, contribuíram para assegurar o Ibovespa no positivo, avanço de 0,55% a 116.782 pontos. O principal destaque de alta foi Eletrobras (ELET3) (+3,62%), com a notícia de que a decisão no TCU para a privatização da companhia ocorrerá na próxima semana.
Para hoje (14/04)
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta com as perspectivas de que o Banco Central da China reduza as taxas de compulsórios e faça estímulos mesmo com a inflação acima do esperado. No país, Xangai teve avanço de 1,22% e o Shenzhen ganhou 1,11%. Hong Kong e Taiwan tiveram valorização de 0,67% e 0,32% respectivamente. Tóquio teve alta de 1,22% e o sul coreano, Kospi, ficou próximo da estabilidade após a autoridade monetária da região aumentar a taxa de juros básica para 1,5%.
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,11%, a 901,50 iuanes, o equivalente a US$ 122,09.
Os futuros dos principais índices americanos operam sem direção única, com os investidores de olho em balanços de importantes companhias como Wells Fargo, Morgan Stanley, Goldman Sachs e UnitedHealth. Elon Musk também deve movimentar os mercados, informando que deseja comprar o Twitter. Na agenda de conjuntura, os investidores aguardam os pedidos por seguro-desemprego, preços de bens importados e exportados, vendas no varejo e os indicadores de expectativa de Michigan.
Na Europa, além da agenda de balanços nos Estados Unidos, os agentes ficam de olho na decisão do BCE e sua declaração de política monetária. O formulador de política econômica deve confirmar cortes nos estímulos e o mercado se prepara para tal anúncio.
No Brasil, a alta nos preços do minério de ferro e a possibilidade de corte nos juros na China devem contribuir para o avanço das mineradoras. Todavia, o recuo do petróleo pode impactar o desempenho das petroleiras. Na agenda econômica, o IBC-Br será divulgado pelo Bacen. No fiscal, a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia apresentará nesta quinta-feira, 14, às 15 horas (de Brasília), o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023. A proposta deve prever uma expectativa de déficit fiscal de R$ 66 bilhões para 2023. Outro ponto para os investidores se atentarem é ao reajuste dos servidores com a decisão de conceder um reajuste de 5% para todos os servidores públicos federais, mesmo sem espaço suficiente no Orçamento, o que vai levar a um corte de verbas em outras áreas. O custo da medida é de aproximadamente R$ 6 bilhões em 2022.
Na agenda corporativa, a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras (PETR4;PETR3) aprovou as indicações de José Mauro Coelho, Marcelo Gasparino, José Abdalla e Luiz Caroli para o conselho de administração. Além disso, o conselho da companhia aprovou dividendo complementar de 2,9422641 por ação.
O Conselho de Administração aprovou juros sobre capital próprio de R$ 150 milhões, correspondente a R$ 0,08962197427 por ação.
O Conselho de Administração da companhia aprovou a distribuição de proventos no valor de R$ 22,3 milhões, correspondentes a R$ 0,3387760680 por ação, sendo R$ 16,7 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,2540820510 por ação, e R$ 5,5 milhões em juros sobre capital próprio, correspondentes a R$ 0,0846940170 por papel.
A BlackRock reduziu participação para 4,97% em ações preferenciais emitidas pela companhia Gerdau (GGBR4), passando a deter 36 milhões de papéis do tipo.
A Moody’s elevou rating corporativo da Cemig (CMIG4) e das subsidiárias Cemig Distribuição e Cemig Geração e Transmissão de AA-.br para AA.br.
A Sanepar informou que a Agepar aprovou reajuste de 4,96% sobre tarifa de equilíbrio preliminar, que entra em vigor em 17 de maio deste ano.
A Cyrela (CYRE3) reportou vendas líquidas de R$ 1,312 bilhão, cifra 27% superior ao registrado no 1T21 e 17% abaixo do 4T21.
A Méliuz (CASH3) registrou um volume bruto de vendas (GMV, na sigla em inglês) consolidado de R$ 1,6 bilhão, 65% acima do 1T21, quando atingiu R$ 1,0 bilhão. Desses R$ 1,6 bilhão, R$ 1,3 bilhão é referente ao Méliuz, R$ 194,9 milhões é referente ao shopping internacional e R$ 41,7 milhões à Promobit.
A Gol (GOLL4) anunciou o fechamento da transação envolvendo a expansão de sua cooperação comercial com a American Airlines por meio de um acordo de codeshare exclusivo pelos próximos três anos e um investimento pela American no montante de US$ 200 milhões em 22,2 milhões de novas ações preferenciais emitidas pela GOL em aumento de capital representando uma participação de 5,3% das ações da companhia.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917