As bolsas Europeias fecharam em alta no pregão dessa terça-feira (15). A redução dos temores em torno de uma possível guerra por conta dos rumores de invasão russa à ucrânia, contribuiu para a recuperação das bolsas europeias. Internamente, o PIB da Zona do Euro veio dentro do esperado chegando a 0,3% na perspectiva trimestral e 4,6% na comparação anual. Os dados de emprego no Reino Unido também vieram acima do esperado, contribuindo para as altas. O índice pan-europeu Stoxx600 subiu 1,43%. O londrino FTSE 100 fechou em alta de 1,03%. Em Milão, o FTSE MIB subiu 2,09%. Em Paris, o CAC 40 subiu 1,86% e Frankfurt ganhou 1,98%. Nas praças ibéricas, Madri e Lisboa avançaram 1,68% e 2,47% respectivamente.
Embora os rendimentos das treasuries operassem acima dos 2% e o indicador de inflação ao produtor chegar a 9,7% às vésperas da divulgação da ata do FOMC, o mercado aproveitou a redução dos temores em torno da possibilidade de invasão da Rússia à Ucrânia. O Ministério da Defesa da Rússia informou hoje que iniciou a retirada de tropas à fronteira da Ucrânia, reduzindo ainda mais os receios. Mesmo que Joe Biden acredite que há grande possibilidade de invasão russa, os países membros da OTAN e Putin se mostram dispostos a encontrar uma saída diplomática para a questão. O Dow Jones teve avanço de 1,22%. O S&P 500 e o Nasdaq ganharam 1,58% e 2,53% respectivamente.
No Brasil, a bolsa continuou a subir, mesmo com importantes companhias do índice operando entre as maiores quedas, como foi o caso de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4; PETR3), a tese de que ativos brasileiros estão baratos permaneceu, de modo que o Ibovespa subisse 0,82% a 114.828 pontos. Dentre os destaques de alta B3 (B3SA3) e Weg (WEGE3).
Para hoje (16/02)
As bolsas asiáticas sobem acompanhando o bom-humor de ontem nos mercados ocidentais devido à melhora nos rumos dos ruídos geopolíticos no leste europeu. Internamente, os dados de inflação na China ficaram aquém do esperado, contribuindo para que o PBoC, a autoridade monetária da China, continue com o argumento pró-estímulos. O Xangai composto teve alta de 0,57% e o Shenzhen ganhou 0,23%. Taiwan e Hong Kong tiveram alta de 1,49% e de 1,56% respectivamente. Em Seul o avanço foi de 1,99% e em Tóquio o mercado teve alta de 2,22%.
O minério de ferro cotado na bolsa de Singapura avançou 2,20% a US$ 139,50.
As bolsas na Europa continuam o movimento de recuperação, com a diminuição das tensões ao leste do continente. Os investidores também ficam de olho nos dados de inflação ao produtor no Reino Unido e de produção industrial na Zona do Euro.
Embora os ruídos na geopolítica tenham melhorado, os futuros nos Estados Unidos operam próximos da estabilidade. Hoje os investidores esperam dados importantes e dentre eles, o principal evento é a ata do FOMC às 16 horas.
Para o Brasil, o mercado tende a seguir os movimentos globais e vermos valorização dos de companhias relacionadas ao setor de petróleo como PetroRio (PRIO3) e Petrobras (PETR4; PETR3) e de mineradoras, siderúrgicas e metalúrgica como é o caso de VALE (VALE3), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3).
Na agenda corporativo, como um dos destaques temos a agenda de balanços de resultados que saíram após o pregão como PetrorRio (PRIO3) que lucrou 32% a mais no 4º trimestre, para R$ 894,2 milhões; Ebitda sobe 166%
O Banrisul (BRSR6) registrou lucro de R$ 247,8 mi no 4º trimestre, alta de 6,6% na base anual e a Caixa Seguridade (CXSE3) gerou lucro 20,4% maior no balanço do 4º trimestre, para R$ 545,7 mi.
A Weg (WEGE3) aprovou R$ 861 milhões em dividendos complementares que equivalem a R$ 0,2052 por ação, com pagamento em 16 de março; as ações ficam “ex-direito” a partir do dia 21 de fevereiro.
A Braskem (BRKM5) informa sobre contrato de compra de vapor produzido a partir de biomassa com a Veolia.
Hoje ainda teremos o resultado de Weg (WEGE3), Energias do Brasil (ENBR3), BTG Pactual (BPAC11) e Kepler Weber (KEPL3).
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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