As bolsas europeias tiveram mais um dia de recuperação. Não obstante o endurecimento das medidas de distanciamento social e de Robert Holzmann, membro do Conselho do BCE, afirmar que a mudança na política monetária poderá acontecer no próximo trimestre, o apetite pelo risco prevaleceu. As notícias mais animadoras em relação aos imunizantes contra a nova variante do vírus e a alta das commodities foram os fatores que sustentaram o bom-humor no velho continente. Londres teve alta de 061%. Frankfurt subiu 0,95%. Em Paris o CAC-40 ganhou 1,24%. Milão se valorizou em 0,66%. Na Península Ibérica Madri e Lisboa tiveram avanço de 0,85% e 0,15% respectivamente.
Nos Estados Unidos, os temores em relação aos possíveis efeitos da ômicron também foram arrefecidos. Por mais que Joe Biden tenha comentado do risco da nova variante gerar impactos nas projeções e efeitos no ano que vem e o noticiário em torno dos imunizantes, inclusive a possibilidade da aplicação do medicamento via oral da Pfiezer também animou o mercado. Os lockdowns também foram descartados no país o que também animou as bolsas. O Dow Jones teve alta de 0,74%. O S&P 500 subiu 1,02% e o Nasdaq ganhou 1,18%.
No Brasil, o mercado foi em sentido contrário de seus pares ao norte do globo. Os ruídos fiscais pesaram fortemente em ativos cíclicos com índice preço/lucro elevados. A votação do orçamento para 2022 com questões relativas ao reajuste do funcionarismo público, ao fundo eleitoral com R$ 4,9 bi para fundão eleitoral desagradou os investidores. Isso ficou evidente pela alta dos DIs. O Ibovespa fechou com queda de 0,24% a 105.244.
Para hoje (23/12)
Na Ásia, as notícias positivas em torno dos medicamentos contra a ômicron continuaram a alegrar o mercado asiático. A Pfizer obteve autorização para utilização de sua pílula anti-covid e a AstraZeneca disse que a terceira dose é eficiente contra a nova variante. Tóquio teve alta de 0,83%. Xangai e Shenzhen subiram 0,57% 0,18% respectivamente. Hong Kong ganhou 0,4% e Seul teve avanço de 0,46%.
Em Qingdao, o minério de ferro subiu 2,40%, cotado a US$ 126,35.
Na Europa, os mercados continuam em alta apoiados pelas boas notícias em torno dos imunizantes contra à Covid-19, em especial contra a variante ômicron. Internamente, os preços de importados na Alemanha continuam a superar as expectativas.
Os futuros nos Estados Unidos também operam majoritariamente em alta com os investidores observando as notícias referentes aos medicamentos e aguardando importantes dados de conjuntura, em especial o PCE.
No Brasil, os investidores continuarão a digerir os ruídos fiscais de ontem, mas a alta das commodities que não geraram efeito na bolsa ontem, pode ajudar os ativos relacionados a tal variável se recuperar.
Hoje também será divulgado o IPCA-15, principal antecedente de inflação do país. Após o Relatório Focus, redução dos problemas em torno da crise hídrica e atividade econômica mais fraca, espera-se um indicador com elevação menos profunda quando comparado com novembro.
Autor: Matheus Jaconeli – CNPI 2917