Os principais índices europeus fecharam em alta na tarde de ontem (14). A recuperação no preço do minério de ferro e a ata das companhias do setor de tecnologia contribuíram para o bom-humor dos investidores. Assim, mesmo com as pressões inflacionárias no radar, principalmente com o nível recorde do Índice de Preços ao Produtor (IPP) da China, os mercados do velho continente desempenharam bem ao longo do dia.
As bolsas em Nova York também operavam em alta acompanhando a valorização das commodities, como o minério de ferro e o petróleo após a AIE fazer previsões de aumento da demanda fazendo o WTI ter elevação de 1,08% e o Brent avançar 0,99%. Os números corporativos também ajudaram a sustentar as altas americanas.
No Brasil, não obstante os ganhos no exterior, os investidores ficaram receosos em relação aos riscos internos como o avanço da inflação e certo desconforto em relação ao projeto de mudança do ICMS sobre os combustíveis. Os receios internos pressionaram, principalmente, ativos cíclicos como o setor de consumo e imobiliário.
Para hoje (15/10)
O bom desempenho de Nova York contribuiu para o desempenho dos mercados asiáticos nesta sexta-feira (15). O anúncio do premiê chinês Li Keqiang de que o governo continuará sustentando o suprimento de energias às indústrias do país também contribui para o avanço dos mercados do continente.
Quanto ao minério de ferro, voltou a recuar em Singapura, com queda de 0,44% cotado a US$ 124,50.
As bolsas na Europa operam em alta, acompanhando os seus pares globais. O apetite pelo risco é acompanhado pelo pala divulgação de balanços nos Estados Unidos. Internamente, a agenda econômica está relativamente vazia com a balança comercial ficando aquém do esperado, registrando saldo de € 4,8 bilhões em agosto, contra as projeções de € 16,1 bilhões.
Os futuros nos Estados Unidos operam mais um dia em alta de olho nos dados corporativos e nos indicadores de vendas no varejo, indicadores regionais de Michigan, anúncio de Willians e contagem de sondas da Baker Hughes.
No Brasil, o risco ainda é a política local. Os governos Estaduais ameaçam ir ao STF para se contraporem à mudança no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o preço dos combustíveis.
Na agenda econômica, há expectativa em relação à divulgação do IBC-Br, uma importante proxy para o PIB. O mercado projeta queda de 0,08% em agosto, após avançar 0,6% no mês imediatamente anterior.
O IGP-10 teve queda de 0,31% ante avanço de 1,18% em agosto. A queda se dá, principalmente, ao recuo das matérias-primas brutas (-5,01%), mas os preços do IPC avançaram 0,93%, impactados pelos preços de alimentação (+1,05%) e habitação (+1,33%), refletindo os efeitos da crise de hídrica.
O Bacen ofertará BC oferta 20.000 contratos de swap a partir das 9:30 e até 15.0000 contratos para rolagem.
O dia, externamente, tende a ser de bom-humor, o que pode contribuir para o desempenho dos ativos internos. Contudo, o mercado também ficará atento aos ruídos internos em relação à política e aos receios de alta nos preços aos consumidores.
Autor: Matheus Jaconeli
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