Os mercados do velho continente fecharam sem direção única com os investidores aguardando a decisão do FED e do BOE. Quanto aos dados de conjuntura econômica, os PMIs do Reino Unido vieram positivos e houve leve queda na taxa de desemprego dentro da Zona do Euro. Quanto à autoridade monetária do bloco europeu, o BCE, não há muitas preocupações, dado que Christine Lagarde continua a avaliar a inflação de médio prazo como contida.
Nos Estados Unidos, os dados de conjuntura vieram majoritariamente acima do esperado. O principal indicador antecedente do payroll, a folha de pagamentos divulgada pela ADP Systems, evidenciou criação de 571 mil novos empregos contra a expectativa de 400 mil. Os PMIs da IHS Markit e da ISM Inc. também apresentaram fortes resultados. Quanto à decisão do FOMC, a taxa de juros continuou em 0,25%, mas a autoridade monetária informou que pode começar a diminuir a compra de ativos, o chamado tapering, ao final do mês, o que também já era esperado, não impactando o mercado de ações, pois Powell continuou com um discurso acomodatício.
Não obstante à queda do EWZ de terça (02) o mercado brasileiro fechou em alta, após ficar no terreno negativo devido à espera da votação da PEC dos precatórios com o objetivo de viabilizar o auxílio Brasil. No entanto, as altas em Nova York tendo em vista a postura dovish do FED, contribuiu para que o principal índice da B3 fechasse na estabilidade. Dentre os setores que mais sofreram, se destacaram os relacionados às commodities, enquanto companhias ligadas à reabertura e tiveram destaque.
Para hoje (04/11)
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em alta com os investidores do continente impulsionados pelo bom-humor de Nova York, após Jerome Powell sinalizar comportamento acomodatício em relação à política monetária.
O minério de ferro em Singapura voltou a cair, tendo perda de 3,64% cotado a US$ 94,00.
As bolsas europeias começam o dia em alta repercutindo a postura dovish da autoridade monetária americana. Internamente, os números de atividade econômica e os balanços também contribui para alta. Como fator negativo, há a continuidade da alta nos preços ao consumidor refletindo os problemas na cadeia produtiva.
Nos Estados Unidos, os futuros operam majoritariamente em alta aguardando os dados de pedidos por seguro-desemprego e repercutindo a decisão do FED de ontem (03).
No Brasil, quanto aos dados de conjuntura econômica, serão divulgados a produção industrial com perspectiva de queda de 0,3% em setembro. Às 10h serão publicados os números do PMI Composto e de serviços para outubro.
Dentro da política tivemos a provação por 312 votos a 144 di texti-base da PEC dos precatórios. A PEC autoriza o governo a não pagar parte de suas dívidas judiciais dando brecha para mudanças no teto de gastos, o que dará mais espaço para gastos no ano que vem, inclusive para o pagamento do Auxílio Brasil. A PEC pode abrir espaço para gastos de ao menos R$ 15 bilhões neste ano e de R$ 83 bilhões no ano que vem. Tal evento deve continuar a pressionar os DIs e o risco país como já vem sido evidenciado pregão pós pregão.
O leilão do 5G e a disputa por licenças do 4G também ficarão no radar dos investidores, com atenção especial para as ações da Vivo e Tim.
O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFT para 2023 e 2027.
Na agenda de balanços teremos Bradesco, Minerva, BK Brasil, BrasilAgro, BR Properties, Eneva, Engie, JHSF, Tegma e Tenda pós-mercado.
Autor: Matheus Jaconeli
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