As bolsas na Europa fecharam majoritariamente em alta de olho na decisão do FOMC e perspectivas positivas relacionadas às ações da Microsoft e Google com a primeira a ter forte crescimento de vendas, já a segunda a ter melhora nos guidances.
Quanto aos dados corporativos internos, houve boas perspectivas como foi o caso UniCredit e a britânica Smurfit Kappa. A consultoria francesa de TI Atos teve bom desempenho após obtenção de financiamento para um plano de recuperação. Londres teve avanço de 0,57%. Frankfurt ganhou 0,53%. Paris subiu 0,75%. Milão teve valorização de 1,52%. Madri e Lisboa ganharam 0,68% e 1,96% respectivamente.
Nos Estados Unidos, os mercados tiveram alta ao longo do dia, apesar dos resultados ficarem abaixo das expectativas do mercado, o guidance de Google e as receitas de Microsoft contribuírem para o avanço do Nasdaq (+4,06%), adicionalmente, a bolsa de tecnologia também caminhou juntamente com as expectativas de um FED mais dovish.
Powell sinalizou que não informará os próximos paços da política monetária, mas isso gerará um “gap” com o qual o mercado pode operar, o esperado para a próxima reunião é uma alta de 50 pontos base. Na agenda econômica, os pedidos por bens duráveis tiveram alta em junho de 0,3% e 1,9% respectivamente. O S&P 500 e Dow Jones tiveram alta de 2,62% e 1,37% respectivamente.
No Brasil, houve avanço do Ibovespa, acompanhando seus pares globais fechando em alta de 1,67% a 101.438 pontos. As altas internas acompanharam o bom humor externo. A alta do FED e uma guinada mais discricionária em vez de tomada por regra, o que foi considerado dovish pelo mercado. Ademais, tivemos destaques corporativos como Carrefour que veio com bons números puxando as demais companhias do setor tais como Assaí e Pão de açúcar. Klabin também teve bom desempenho.
Na Ásia, a maior parte dos índices fecharam em alta acompanhando os mercados ocidentais. Internamente, os lucros da Samsung ficaram acima expectativas e a companhia também indicou guidance positivo. Shanghai teve alta de 0,21%. O Nikkei ganhou 0,36%. Hong Kong teve queda de 0,23% o Kospi teve ganhos de 0,82%.
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 7,16%, a 793,50 iuanes, o equivalente a US$ 117,66.
Os mercados do velho continente operam sem direção única realizando as altas da véspera. Os investidores ficam de olho na série de resultados de importantes companhias como Barclays, Shell, EDF, TotalEnergies, Stellantis, Leonardo, Prada, Diageo e BT. Na agenda econômica, todavia, tivemos dados aquém das expectativas na confiança de empresas e serviços (99 pontos vs exp. 102). Confiança nos serviços (10,7 vs exp. 13,7) e Confiança industrial (3,5 vs exp. 6).
Nos Estados Unidos, os futuros devolvem as fortes quedas de ontem enquanto os investidores aguardam os números do PIB e dos pedidos por seguro-desemprego. Quanto aos números de companhias, temos Apple, Amazon, Mastercard, Pfizer e outras.
No Brasil, o destaque foi a alta de commodities e o IGP-M abaixo do esperado em 0,21% ante expectativa de 0,30%. Outro fator importante foi a liberalização da China para a aquisição de farelo de soja do Brasil, o que pode contribuir para as companhias agrícolas ao longo do pregão. No dia, são divulgados Ambev (ABEV3), Santander Brasil (SANB11) e Gol (GOLL4). Após o fechamento, temos ale (VALE3), Petrobras (PETR4), Ecorodovias (ECOR3), Hypera (HYPE3), Transmissão Paulista (TRPL4), Multiplan (MULT3), Paranapanema (PMAM3), Vamos (VAMO3) e Vulcabras (VULC3).
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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