Mercados globais operam no negativo com dados decepcionantes de China, notícias de Xangai e IBC-Br também ficam no radar

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Na Europa, os mercados fecharam em alta, sendo impulsionados pelas perspectivas melhores de crescimento econômico, com novas notícias positivas advindas da China em relação à melhora da situação da Covid-19. Internamente, os dados de produção industrial vieram melhores que o esperado caindo -0,8% ante expectativa de -1%. Londres teve alta de 2,55%. Frankfurt subiu 2,10%. Paris subiu 2,52%. Milão ganhou 2,05%. Madri ganhou 1,68%.      

 As bolsas nos Estados Unidos operam para cima desde o início do pregão com Jerome Powell anunciando que a próxima alta de juros será de 50 pontos base, tirando pressão dos juros e contribuindo para o avanço, especialmente de companhias do setor de tecnologia fazendo o Nasdaq avançar 3,82%. Outro fator importante para diminuição na pressão das Treasuries foi a piora nas perspectivas de consumo pelos indicadores de Michigan. O Dow Jones e Nasdaq também avançaram, em 1,47% e 2,39% respectivamente.

Hoje a bolsa brasileira caminhou para a alta de 1,17% a 106.924 pontos, acompanhando o bom-humor global. As bolsas nos Estados Unidos operam para cima desde o início do pregão com Jerome Powell anunciando que a próxima alta de juros será de 50 pontos base, tirando pressão dos juros lá fora e no Brasil, contribuindo positivamente para empresas de setores cíclicos como Petz (PETZ3) que se beneficia do cenário atualmente e foi bem avaliada por grandes casas, Hapvida (HAPV3) também se beneficia do cenário.

Outras empresas receberam fluxo com uma novidade da B3, a divulgação da criação de um novo índice, o Índice Agro Free Float Setorial (IAGRO-FFS). Como se trata de uma cesta de ações com determinado foco, alguns investidores a usarão quando estiveram a se posicionar no agro, gerando perspectivas de fluxo para tais ativos. Dentre eles, BRF (BRFS3), Klabin (KLBN11). Os bancos continuam seguindo os últimos pregões de recuperação.  Para baixo, B3 (B3SA3) e Vivo (VIVT3) realizam pós balanço.

Para hoje (16/05)

Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Os investidores levaram em conta os dados ruins da China, com a produção industrial caindo 2,9% ante expectativa de alta de 0,4%. A produção industrial caiu de 6,5% para 4% e as vendas no varejo, tiveram forte queda de 11,1% ante consenso de 6,1%. Todavia, houve notícias positivas, como as autoridades de Xangai falando que as indústrias voltariam as operações. Shangai teve queda 0,34%, Kospi teve perda de 0,29%. O Nikkei e Hang Sang tiveram alta de 0,45% e 0,26% respectivamente.

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 3,86%, a 834,50 iuanes, o equivalente a US$ 122,83

Nos Estados Unidos os futuros cedem, mediante às preocupações em relação à atividade econômica chinesa e aguardando resultados corporativos de grandes varejistas e dados econômicos ligados ao setor que serão divulgados na semana em dia de agenda sem muitos dados. No dia, os investidores ficarão atentos aos dados do Índice Empire State de Atividade Industrial de maio, com expectativa de que caia de 26,60 para 17 pontos e ao discurso de Williams, membro do FOMC.

Na Europa, os mercados também operam mistos, mas majoritariamente em queda após falas do BCE sinalizando ajustes na política monetária no próximo mês. Outro fator que fica na visão dos investidores é a possibilidade de a Finlândia entrar na Otan.

No Brasil, a alta do minério de ferro pode favorecer as companhias do setor de mineração, mas a leve queda do petróleo, juntamente com os receios de mudança da política de preços da Petrobras podem gerar receios no mercado de petróleo. Ademais, o tom do mercado, pode ser influenciado, em certa medida no exterior. A agenda de balanços também fica no foco com Magazine Luiza (MGLU3), Eletrobras (ELET3) e Itaúsa (ITSA4) como destaques. Na agenda econômica, o IBC-Br trará perspectivas sobre referente ao avanço da economia, a expectativa é de que saia de -0,99% para 0,50%.

No corporativo, a M. Dias Branco (MDIA3) reportou alta de 152% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021.

A Cosan (CSAN3) informou ter obtido lucro líquido ajustado de R$ 236,1 milhões no 1TRI22 ante R$ 764,6 milhões no mesmo período do ano anterior. O que representa uma retração de 69,1%.

A Raízen (RAIZ4) divulgou lucro líquido de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre do ano (1TRI22). Esse resultado é três vezes maior do que o obtido no mesmo período do ano anterior, quando foi registrado R$ 870 milhões.

A Cemig (CMIG4) informou ter registrado lucro líquido de R$ 1,455 bilhão no 1TRI22. Esse resultado é 244,6% superior ao observado no 1TRI21, quando atingiu lucro de R$ 422,5 milhões.

Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917  

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