Mercados globais operam mistos em dia de agenda vazia e “novela” dos precatórios pode afetar o interno

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Impulsionado pelo relatório do mercado de trabalho americano o bom-humor dos investidores no velho continente prevaleceu na sexta-feira (05) superando os números negativos da produção industrial da Alemanha, principal economia da Zona do Euro, que atingiu queda 1,1% contra expectativa de 1,0% e as vendas no varejo do bloco que tiveram queda de 0,3%. Londres teve alta 0,33%. Frankfurt subiu 0,15%. Paris teve elevação de 0,76%. Milão avançou 1,00%. Madri teve alta de 0,93% e Lisboa caiu 1,02% devido às incertezas políticas no país.

Nos Estados Unidos os principais índices fecharam em alta. O payroll evidenciando criação 604 mil empregos contra a expectativa de 400 mil alegrou os investidores. O dado foi importante pois mostrou como a economia está retomando e como o mercado de trabalho está reagindo após a retirada dos benefícios cedidos à população. Outra notícia positiva foi o anúncio da eficácia (89%) na redução do risco de internação ou morte da pílula fabricada pela Pfizer o que contribui para setores relacionados à mobilidade urbana e aéreo. A alta no preço do petróleo também foi fator positivo, ajudando para as altas no setor de energia. O Dow Jones teve alta 0,56%. O S&P 500 ganhou 0,37% e o Nasdaq teve elevação de 0,20%.

No Brasil, o mercado teve recuperação devido ao alívio relacionado à PEC dos precatórios após Arthur Lira dizer que ela será aprovada em segundo turno. A notícia aliviou os receios internos pelo fato de não haver espaço para novas conceções que poderiam impactar ainda mais a situação fiscal do país. O cenário externo também contribuiu positivamente para alta do principal índice da B3. Assim, o Ibovespa fechou com alta 1,37% em 104.824 pontos.

Para hoje (08/11)

Na Ásia, os mercados fecharam mistos com os investidores ponderando os números de emprego positivos nos Estados Unidos e os dados exteriores da China. As exportações superaram as expectativas ficando em 27,1% contra a projeção de 24,5%. Já as importações ficaram aquém do esperado, atingindo 20,6% contra a projeção de 25%. O Nikkei caiu 0,35%. O Hang Seng teve queda 0,43%. O Kospi perdeu 0,31% em Seul. A China continental o Xangai composto teve avanço de 0,20% e Shenzhen teve alta 0,48%. Taiwan teve queda de 0,31%.

O minério de ferro em Singapura teve avanço de 0,76% cotado a US$ 92,35%.

As bolsas europeias operam mistas com cautela relacionada os discursos de membros do FED, do BCE e do BOE que ocorrerão hoje e com as possíveis observações feitas por líderes na reunião do Eurogrupo. Pelo lado positivo, o índice de confiança do consumidor Sentix para a Zona do Euro superou as expectativas de 15,5 pontos, atingindo 18,3.

Os futuros operam majoritariamente em alta nos Estados Unidos com os investidores repercutindo os números do payroll e com a aprovação do pacote de gastos da Câmara. Ao longo do dia, os investidores ficarão atentos aos discursos de Clarida, Powell, Willoa,s, Bowman e Harker .

No Brasil, mais uma vez o mercado reduziu sua projeção para o PIB, saindo de 4,9% para 4,93% e elevou a projeção para inflação, de 9,17% para 9,33% por intermédio do Relatório Focus.

O Ibre da FGV divulgou o IGP-DI com o destaque para novo aumento do IPA que, após cair 1,17%, registrou avanço de 1,90%. O INCC saiu de 0,51% para 0,86%.  O indicador teve alta de 1,60%, superando as expectativas do mercado. No ano, o índice sobe 16,96% e 20,95% em 12 meses.

O questionamento de Rosa Weber sobre o orçamento de emendas do governo pode trazer ruído à votação da PEC dos precatórios, atingindo as expectativas em relação ao lado fiscal sendo um fator negativo para os ativos de risco.

Hoje serão divulgados os balanços de Banco do Brasil, BB Seguridade, Blau Farmacêutica, CBA, Direcional, Getninjas, Itaúsa, Marisa, São Martinho e Yduqs.

Autor: Matheus Jaconeli

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