Na Europa, os mercados fecharam em alta, influenciados pelo desempenho dos mercados asiáticos gerados pela reabertura da economia do país. Os dados de atividade econômica da região viram mistos, o Clima de Negócios saiu de 1,59 pontos para 1,26. A confiança do consumidor teve leve melhora saindo de -22 para -21,1 pontos. A confiança nos sérvios saiu de 13,6 pontos para 14, próximo das expectativas de 14,3 e o indicador para a indústria saiu de 7,7 pontos para 6,3.
Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (IPC) teve alta de 7,9% superando o consenso de 7,6%. Todavia, segundo o economista chefe do BCE, Philip Lane, as altas de juros devem ser de 25 pontos-base, destacando incertezas econômicas e que o juros deve sair do negativo no fim do terceiro trimestre. Londres teve alta de 0,19%. Frankfurt teve ganho de 0,79%. Paris teve avanço de 0,72%. Milão ganhou 0,7%. Madri teve perda de 0,03% e Lisboa teve avanço de 0,87%.
Hoje, dia de menor fluxo devido ao feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa foi na direção oposta de seus pares globais fechando com queda de 0,81% a 111.032,11 pontos. Os principais pontos de queda se deram em companhias do setor público recebendo o impacto negativo dos últimos anúncios do presidente Jair Bolsonaro quanto aos preços de combustíveis gerando expectativas de interferência, o que ampliou o risco político fazendo com que PETR4 e PETR3 tivessem queda de 1,99% e 2,16% respectivamente, retirando 259 pontos do índice.
Adicionalmente, os Bancos (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), também tirando força do índice. Pela ponta positivo, diminuindo as perdas, foi a alta de commodities, com elevação de Vale (VALE3), Suzano (SUZB3) e companhias do setor de proteína como JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) impulsionados pela alta do dólar em 0,31% a 4,7531.
Para hoje (31/05)
Na Ásia, os mercados operaram mistos. Na China, o PMI ficou maior em relação ao da leitura anterior, mas ainda abaixo dos 50 pontos, o que apresenta estabilidade. Isso significa que em maio, a economia chinesa teve queda, porém com menor intensidade em relação ao período imediatamente anterior.
Nos Estados Unidos, os futuros operam em queda, com a volta dos receios inflacionários inerentes ao avanço dos preços do petróleo. Os investidores aguardam balanços de Salesforce, HP e Victoria’s Secret.
Na Europa, o sentimento também é negativo, menos para a Londres que recebe bem os efeitos da alta do petróleo. Apesar de ontem os mercados do continente amortecerem a inflação alemã de 7,9%, hoje, com o acordo ao embargo ao petróleo russo, os temores de alta nos preços de energia voltam e fazem as bolsas operarem majoritariamente em queda.
No corporativo, a Ferbasa (FESA3) realizará pagamento de Juros sobre Capital Próprio no valor de R$ 51,8 milhões e, de dividendos complementares no valor global de R$ 26,6 milhões, ambos programados para creditamento em 29 de junho de 2022. Serão de R$ 0,57145806392 para cada ação ordinária e de R$ 0,62860387031 para cada ação preferencial. Os valores brutos totais a serem creditados a título de dividendos complementares serão, respectivamente, de R$ 0,29360390187 para cada ação ordinária e R$ 0,32296429205 para cada ação preferencial.
A Getnet (GETT11) marcou para 8 de julho a assembleia geral extraordinária para votar o fechamento de capital da companhia e sua consequente saída da bolsa de valores. Também está na pauta a deslistagem da bolsa dos Estados Unidos, que será requerida junto à Securities and Exchange Commission (SEC).
Embraer (EMBR3) anunciou o fechamento de um contrato de compra de energia elétrica que assegura que 100% da eletricidade adquirida pela fabricante de aeronaves no Brasil seja de fontes renováveis a partir de 2024.
Dasa (DASA3) informou que, como a aquisição do capital social da MO Holding e da Mantris Gestão em Saúde Corporativa não se trata de um investimento relevante, não será necessário realizar assembleia para deliberação do negócio e nem haverá direito de recesso aos acionistas.
As teles Oi e Vivo, maiores prestadoras de telefonia fixa no Brasil, trabalham com a possibilidade de devolver a concessão do serviço no fim do contrato, em 2025, caso as adaptações no regime não sejam economicamente atrativas.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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