Mercados globais operam em alta no último pregão do ano e Fiscal é destaque no Brasil

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As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta com os investidores receosos com o avanço da ômicron no continente e, por consequência, as medidas de restrições adotadas por alguns países. O Reino Unido e Portugal tiveram desempenho na contramão de seus pares. No caso do FTSE 100 o protagonista foi o setor da indústria fazendo com que o índice londrino subisse 0,66%. O português PSI avançou 0,25%. Frankfurt perdeu 0,70%. Paris e Milão tiveram quedas de 0,27% e 0,37% respectivamente. Na Espanha, o IBEX-35 teve recuo de 0,17%.

Em Nova York os mercados fecharam em alta com os investidores a minimizar os riscos relacionados à variante ômicron. Apesar das consequências que a nova variante do coronavírus está gerando na Europa, nos Estados Unidos o argumento de que há menor probabilidade de o vírus sobrecarregar os hospitais prevalece. Quanto aos indicadores internos, os estoques do varejo saíram de 0,7% para 1,3% mostrando leve melhora em relação à capacidade de entrega de produtos e o mesmo indicador do atacado teve redução, saindo de 2,5% para 1,2%. A Balança Comercial registrou novo déficit de US$ 97,7 Bi. O Dow Jones teve alta de 0,25%. O S&P 500 e o Nasdaq ganhara 0,14% e 0,1% respectivamente.

No Brasil, Ibovespa fechou em queda de 0,72%, a 104.107,24 pontos. O índice mais uma vez fechou na direção contrária de Nova York, limitando os ganhos do mês. Os investidores continuaram a ponderar as consequências do reajuste do funcionarismo público, endossando tal argumento o Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate) aprovou o calendário de mobilização dos servidores públicos por reajustes com paralisação prevista para o dia 18 e possibilidade de uma greve geral em fevereiro. Quanto aos dados de conjuntura, o IGP-M teve avanço acima do esperado no mês subindo 0,87% contra 0,65% acumulando 17,78% no ano.

 Para hoje (30/12)

Na Ásia as bolsas fecharam mistas com as incertezas relacionadas à ômicron. Na China continental há avanço com o Banco Central do país (PBoC) devido a confirmação que adotará uma política “proativa” no que diz respeito ao apoio de médias e pequenas empresas. Xangai e Shenzhen subiram 0,62% e 0,91% respectivamente. Hong Kong subiu 0,11%. Taiwan cedeu 0,16% e o japonês Nikkei perdeu 0,4%.

Em Singapura o minério de ferro teve alta de 0,89% cotado a US$ 118,85.

Na Europa, os mercados tentam se recuperar das quedas de ontem, mas com impulso moderado tendo em vista o avanço da ômicron no continente. Os receios permanecem com Tedros Adhanom Ghebreyesus alertando para sobre o risco de confluência entre a mais nova cepa e a delta.

Os mercados operam em alta com os investidores aguardando os pedidos por seguro-desemprego e o PMI de Chicago. A política internacional também ganha destaque devido as conversas entre Joe Biden e Putin em relação ao avanço de tropas russas na Ucrânia.


No Brasil, a FGV divulgou o indicar de confiança empresarial, o ICE. Segundo a instituição, houve queda de 1,8 ponto em dezembro, para 95,2 pontos, a média do quarto trimestre, ouve recuo de 3,9 pontos após dois trimestres de alta. O índice mostra os efeitos da inflação aos produtores e os problemas relacionadas à cadeia produtiva. As expectativas mais pessimistas em relação ao crescimento da economia também é uma variável que afeta o indicador.

Indicadores fiscais também estão no radar dos investidores. O Bacen publicará os dados às 9:30.

Dentre outros destaques, a atenção em relação aos efeitos da questão do reajuste salarial, principalmente após a aprovação do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate) para paralizações.

No corporativo, a Petrobras informou nesta quarta-feira que promoveu na véspera alguns leves ajustes pontuais nos seus preços de venda de diesel para as distribuidoras, mas sem alteração do valor médio de comercialização do produto no país. De acordo com a Petrobras, foram realizadas sete reduções de 10 reais/m³ (0,010 real/litro) e um aumento de 8 reais/m³ (0,008 real/litro). A EDP (ENBR3) fará o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no total de R$ 454.811.000,00, relativos ao exercício de 2021.

Do ponto de vista conjuntural, houve queda no petróleo após sinais de desaceleração da demanda por parte da China. O governo do país reduziu em 11% as cotas de importação para a commodity energética por refinarias independentes, o que pode afetar empresas do setor como Petrobras, Petrorio e Enauta.

O minério de ferro, por sua vez, subiu devido aos anúncios de estímulos na China, o que pode contribuir para empresas como Vale, Usiminas, Gerdau e CSN.

Autor: Matheus Jaconeli – CNPI 2917

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