Mercados globais operam em alta e política continua no radar os investidores locais

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No pregão de sexta-feira (29), as principais bolsas europeias fecharam sem direção única, com destaque para as ações de companhias do setor financeiro. Por outro lado, os single names de companhias de comodities ficaram pressionadas. As perspectivas para a política monetária, houve expectativa de que o BCE (Banco Central Europeu) aperte a política monetária em meados de 2022. Londres teve recuo de 0,16%. Frankfurt e Milão tiveram queda de 0,05%, Paris subiu 0,38%, Madri ganhou 0,35% e Lisboa desvalorizou-se 0,27%.

Embora os balanços de Amazon e Apple tenham decepcionado, as expectativas dos investidores, as bolsas americanas fecharam majoritariamente em alta com o Dow Jones subindo 0,25%, o S&P 500 ganhando 0,19% e o Nasdaq tendo desempenho de 0,33%.

No Brasil, houve mais um dia de queda para o principal índice da B3. O Ibovespa fechou em queda de 2,09% aos 103.501 pontos. Mais uma vez, os ruídos na política e as preocupações pelo lado fiscal fizeram com que os investidores ficassem “nervosinhos”. Os resultados da Petrobras (PETR4) foram eclipsados pelos temores da companhia poder ser convocada a contribuir para o controle de inflação, elevando as chances de ingerência política na companhia. Adicionalmente, o desempeno das commodities também afetaram o mercado. Por outro lado, as companhias de proteína animal e exportadoras foram destaques.

Para hoje (01/11)

Na Ásia, o dia foi misto. A crise energética na China, elevando os preços de insumos importantes impactaram negativamente os PMIs. No Japão, o partido governista conseguiu maioria no parlamento, o que contribui para que exista estabilidade política no país. Tóquio teve alta de 2,61%. Seul subiu 0,28%. Hong Kong perdeu 0,88% e Taiwan subiu 0,48%. O Xangai Composto teve perda 0,08% e o Shenzhen teve alta de 0,29%.

O minério de ferro em Singapura teve queda de 4,13% a US$ 99,90.

Na Europa, os futuros operam em alta, com os investidores superando os dados ruins da Alemanha, principal economia do continente. Outro tema que deve ficar no radar é o acordo do G-20 para acabar com o financiamento de usinas de carvão em países fora do grupo até o fim de 2021, o que pode pressionar ainda mais os preços de energia.

Nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices do país operam em alta com os investidores aguardando dados dos PMIs, a reunião da OPEP+ e a COP26.

No Brasil, o Bacen indicou mais uma semana de aumento nas perspectivas de inflação, saindo de 8,96% para 9,17% e queda no PIB de 4,97% para 4,94%.

A política continua no radar dos investidores com a possibilidade de greve dos caminhoneiros e as discussões em torno do Auxílio Brasil. Pelo lado positivo, São Paulo encerra as restrições contra a COVID-19, o que tende a ajudar o setor de serviços. Os números do PMI também ficarão no radar.

Autor: Matheus Jaconeli

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