Os mercados europeus fecharam com alta se recuperando das quedas da véspera. A saída de Nancy Pelosi sem ainda haver retaliação chinesa deu alívio momentâneo para os mercados, mas ainda é necessário esperar.
Quando aos dados de atividade econômica, o PMI composto da Zona do Euro caiu a 49,9 em julho, evidenciando perda no começo do trimestre. As vendas no varejo tiveram perda de 1,2% em junho e o PPI teve ficou em 35,8% de forma anualizada. Londres teve alta de 0,49%. Paris subiu 0,97%. Frankfurt teve avanço de 1,03%. Milão teve ganho de 1,00%. As bolsas ibéricas tiveram alta de 0,61% Madri e 0,81% Lisboa.
Nos Estados Unidos a fala de dirigentes foram divergentes com o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard a informar que os juros devem ficar entre 3,75% e 4% ao fim do ano. A de de São Francisco, a presidente Mary Daly a informar que considera alta de 50 p.b. na próxima reunião. O presidente do Fed Richmond, Tom Barkin, afirmou que a recessão é uma possibilidade e frisou a necessidade de controlar inflação. De Minneapolis, Neel Kashkari disse que um corte de juros em 2023 é provável, adicionalmente, o PMI da S&P Global registrou recuo de 47,3 pontos evidenciando atenção.
Todavia, os mercados fecharam em alta, acompanhando a saída de Pelosi de Taiwan e a agenda corporativa. O índice Dow Jones subiu 1,29%, a 32.812,50 pontos, o S&P 500 avançou 1,56%, a 4.155,17 pontos, e o Nasdaq teve alta de 2,59%, a 12.668,16 pontos.
O novo evento do mercado também afetou a bolsa americana. Há quem diga que é um novo Cisne Negro, todavia, talvez seja um Rinoceronte Cinza, isto é, olhando de longe, parece inofensivo e sem muita importância, mas o efeito pode tomar granes proporções.
O risco da intervenção russa era elevado e, caso tenhamos mais desdobramentos da vista de Pelosi à Taiwan, também teremos novas consequências. Na conjuntura econômica, a oferta de empregos JOLTs caiu para 10,698 milhões em junho, abaixo das expectativas de 11 milhões do resultado de 11,303 milhões em julho. Na agenda corporativa, Glead, Aribnb, Starbucks, PayPal, Caterpillar, Occidental, Cummins e a Fidelity tiveram resultado acima das expectativas e com resultado aquém do esperado, tivemos Uber, S&P Global e Prudential Financial. O S&P 500 teve queda de 0,67%. O Nasdaq perdeu 0,16% e o Dow Jones teve recuo de 1,23%.
O Ibovespa andou menos que o exterior, com os investidores aguardando a decisão do COPOM fechando com alta de 0,4% a 103.775 pontos. Durante o dia, aguardando o fim de alta de juros, as companhias do setor de varejo e outras companhias cíclicas fecharam em alta, sendo destaques do índice ao longo do dia.
Para hoje (04/08)
Os mercados asiáticos fecharam em alta acompanhando o avanço dos mercados ocidentais. Todavia o ponto de atenção são os treinamentos militares dos chineses em torno de Taiwan. Shanghai teve alta de 0,8%. O Nikkei teve avanço de 0,69%. Hong Kong teve alta de 2,06% e o Kospi teve ganho de 0,47%.
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 4,78%, a 756,50 iuanes, o equivalente a US$ 111,99.
Nos Estados Unidos, os futuros operam em estabilidade em dia de divulgação dos pedidos por seguro-desemprego. Na agenda corporativa, os investidores aguardam pelos resultados da Eli Lilly, Kellogg, Alibaba e ConocoPhillips.
Os mercados europeus operam com alta em dia de alta por parte do Banco da Inglaterra registrando a maior alta desde 1995, fazendo com que a taxa chegasse a 1,75%. Na agenda corporativa, serão analisados os números de Credit Agricole, Adidas, Bayer, Lufthansa, Merck, Zalando, Rolls-Royce, Next, Glencore e Adecco Group.
No Brasil, os investidores responderão à decisão da política monetária com a taxa de juros subindo para 13,75%. O Bacen indicou que pode encerrar o ciclo de aperto em setembro, com um ajuste de menor magnitude em setembro, mas devido à situação global, existe a porta pode ficar aberta para novas altas residuais. Na agenda econômica, teremos a balança comercial mensal e na política há perspectiva de renovação da frota rodoviária e flexibilização de relações trabalhistas.
No corporativo, a Petrorio reportou um lucro líquido de US$ 139,9 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), montante 112% maior que o reportado em igual período de 2021, informou a petroleira nesta noite de quarta-feira.
A Ultrapar divulgou resultado do segundo trimestre de 2022 com um lucro líquido de R$ 459,9 milhões, revertendo prejuízo líquido de R$ 18,2 milhões do mesmo período do ano passado.
A Totvs lucrou R$ 129,1 milhões de forma líquida no segundo trimestre, alta de 64,2% na base anual e superando a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, que viam um lucro de R$ 128,24 milhões.
A Eneva vai realizar uma assembleia geral com debenturistas no próximo dia 12 para pedir perdão (“waiver”) por descumprimento de compromissos da sua 5ª emissão e debater a autorização para deixar de operar ativos relacionados à geração de energia via termoelétricas. Caso consiga as aprovações, a empresa vai pagar uma remuneração extraordinária aos credores.
A Suzano conclui programa de recompra, aprovado em 4/5, adquirindo 20 milhões de ações por R$ 967 milhões.
A Irani, aprovou a distribuição de dividendos intercalares no montante de R$ 23 milhões, equivalentes a R$ 0,0956 por ação, com data de pagamento prevista para ocorrer até 31 de agosto.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917