Mercados globais e futuros sinalizam realização após aprovação de pacote nos EUA e volta de elevação das Treasuries

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Os mercados europeus fecharam em alta devido à aprovação do pacote de estímulos nos Estados Unidos. O BCE também deu impulso interno, falando sobre a manutenção da política de compra de emergência com o objetivo de gerar aumento no custo da dívida de companhias. Londres, teve alta de 0,17%. Frankfurt, avançou 0,20%. Paris ganhou 0,72%. Milão, teve valorização de 0,82%. Madri e Lisboa ganharam 0,80% e 2,31% respectivamente.

Em Wall Street, os mercados tiveram mais um dia de alta devido à aprovação do pacote de 1,9 trilhão de dólares na economia americana. Os pedidos iniciais por seguro desemprego, apesar de continuarem em níveis elevados, teve resultado melhor que o esperado, chegando a 712 mil pedidos e a oferta de trabalho foi superior as projeções, chegando a 6,917 mil. O Dow Jones subiu 0,58%. O Nasdaq e o S&P 500 ganharam 2,52% e 1,04% respectivamente.

No Brasil, o principal índice da B3 seguiu o bom humor externo. O pacote de estímulos nos EUA e as perspectivas de crescimento acima de 6% na China, foram variáveis externas que contribuíram para o bom desempenho da bolsa. Internamente, a postura mais incisiva de Bolsonaro contra a pandemia, a PEC emergencial e o auxílio com gatilhos fiscais, contribuíram para a alta de 1,96% a 114.983,76 pontos.

Na Ásia, também houve repercussão da aprovação do pacote de estímulos nos Estados Unidos e o comprometimento do BCE com manutenção da política de compras. Em Tóquio, houve alta de 1,73%. Seul avançou 1,35%. Taiwan ganhou 0,47% e Hong Kong passou por forte realização por conta de intervenção do governo da China continental, com queda de 2,20%. Na China continental, o Xangai e Shenzhen tiveram alta de 0,47% e 0,17% respectivamente.

Para hoje (12/03):

No exterior, os futuros de Nova York e as bolsas na Europa começam o dia operando em queda, realizando as últimas altas e recebendo a influência do avanço nas Treasuries.

No Brasil, o futuro também opera em queda, seguindo os pares externos sinalizando realização. Sobre os números de conjuntura, as vendas no varejo desempenharam mais um mês de queda -0,2% no mês e -0,3% no ano.

Os investidores também devem ficara atentos ao processo de vacinação e a repercussão da PEC emergencial e o auxílio. Os comentários políticos também tendem a mexer com o mercado, principalmente os relacionados às reformas administrativa e tributária que foram citadas por Lira.  

Internacional;

Na Europa, foram divulgados números do PIB mensal e anual do Reino Unido, evidenciando queda -2,9% para o mês e de -9,2% na comparação anual e a variação trimestral do indicador registrou queda de -1,7%. A balança comercial do país insular, teve redução do déficit, chegando -9,83 bilhões de libras. Também foram divulgados dados da produção industrial de janeiro com queda de -4,9% no ano e de -1,5% no mês o mesmo indicador também foi publicado para a Zona do Euro com alta de 0,8% no mês e de 0,1% na comparação anual. Por fim, mais um dado importante é a inflação alemã que teve desempenho dentro das expectativas, registrando avanço de 0,7% ao mês e de 1,3% ao ano.

Nos Estados Unidos, serão divulgados mais índices de preços. Após serem divulgados os índices de preços ao consumidor Bureau of Labor Statistics publicará o índice de preços aos produtores para o mês de fevereiro. A expectativa é de que, no mês, o núcleo do indicador atinja 0,20% ante 1,2% de avanço em janeiro e o indicador amplo tenha elevação de 0,5% ante 1,3% no mês imediatamente anterior. Com tais números espera-se que, ao ano, o núcleo do IPP seja 2,6% e o IPP tenha avanço de 2,7%.

Michigan publicará seus indicadores de confiança, de percepção e das condições atuais sob a ótica do consumidor. Apesar do índice ser apenas regional, acaba sendo um indicador antecedente importante. Espera-se evolução nos três índices de modo que a confiança do consumidor atinja 74,0 pontos, o de percepção chegue a 78,5 pontos e de condições atuais alcance 88,3 pontos.

Como ocorre toda sexta-feira, a companhia Baker Hughes publicará o número de sondas de extração de petróleo em solo americano.

Autor: Matheus Jaconeli

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