Mercados globais continuam rali pós-Natal e indicadores confiança da FGV decepcionam

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As bolsas europeias fecharam em alta, embora os receios em torno da ômicron permanecessem no continente com novos recordes de infecções na França e no Reino Unido. O pouco volume fez com que as bolsas do continente acompanhassem Nova York. Paris teve ganho de 0,76%. Frankfurt avançou 0,5%. Milão teve alta de 0,80%. Na península ibérica, Madri e Lisboa tiveram avanço de 0,68% e 0,43% respectivamente. Londres não operou devido a permanência do feriado no país insular.

Os investidores voltaram do Natal de bom-humor nos Estados Unidos, com destaque para o setor de tecnologia. Mesmo com a agenda econômica vazia, a Mastercard SpendingPulse estimou que as vendas no varejo tenham aumentado 8,5% entre novembro e a véspera de Natal. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,98%, o S&P 500 avançou 1,38% e Nasdaq teve alta de 1,39%.

No Brasil, o principal índice da B3 acompanhou o bom-humor de Nova York fechando com alta de 0,63% cotado a 105.554 pontos. Internamente, o Relatório Focus aponta a terceira semana de queda nas expectativas de inflação chegando a 10,02%, as expectativas para o PIB também amargam nova queda, com expectativa de fechar 2021 em 4,51%. Um dos destaques da bolsa brasileira foi o setor de varejo contrariando, em grande medida, as expectativas em relação às vendas no Natal. Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas no varejo subiram 11,1% entre os dias 19 e 25 de dezembro, contribuindo para as ações do setor.

 Para hoje (28/12)

Na Ásia, os mercados seguiram o bom-humor de Nova York. Embora a ômicron esteja avançando em vários países do continente, alguns governos evitam tomar medidas muito duras, o que acaba sendo positivo para o mercado. Como novo ponto de tensão no continente se destaca a busca por autossuficiência tecnológica por parte da China, acendendo a luz amarela para novos possíveis ruídos entre o país e os EUA. Pelo lado positivo, o novo anúncio de uma política monetária flexível também é um fator que contribui para as altas. Tóquio teve ganho de 1,37%, Seul avançou 0,69% e em Taiwan houve alta de 0,82%. Na China Continental o Xangai composto teve avanço de 0,39% e o Shenzhen teve valorização de 0,83%.

Em Singapura, o minério de ferro teve queda de 3,30% a US$$ 118,65.

Na Europa, os mercados abrem mais um dia de alta, mesmo com os receios em torno da nova variante fazendo com que países como França e Reino Unido endureçam as medidas sociais, o rali de fim de ano se mostra consistente para as praças do continente.

Em Nova York, os índices também operam em alta com os investidores de olho nos dados de confiança do consumidor, preços de imóveis e estoques de petróleo.

No Brasil, a FGV divulgou mais indicadores de confiança. Os serviços tiveram queda de 1,3 pontos em dezembro, indo para 95,5 pontos. O comércio também evidenciou queda na confiança, perdendo 2, pontos em dezembro, ficando em 88 pontos. A inflação ainda elevada, acaba por afetar tais setores, tal como a perspectiva de crescimento econômico menor no ano que vem.

Em termos de cenário, a alta nos preços do petróleo pode contribuir para a alta nas companhias do setor. Todavia, a queda no minério de ferro tende a afetar mineradoras, siderúrgicas e metalúrgicas.

Os dados divulgados pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) podem continuar a dar fôlego para o varejo, mas os indicadores ruins do comércio e dos serviços tendem a afetar varejo e shoppings.

Para hoje, é interessante ficar atento ao comportamento das commodities. A queda do minério de ferro e a do petróleo podem gerar impacto em importantes ações da bolsa local.

Quanto à agenda econômica, os investidores também devem ficar atentos à Pnad contínua e à Nota de Crédito de novembro.

Autor: Matheus Jaconeli – CNPI 2917

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