Mercados globais com receios de notícias advindas da China e IPCA sobe 0,53% em junho.

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As principais bolsas europeias fecharam em alta na tarde desta quarta-feira (07). O anúncio da Comissão Europeia aumentando a previsão de crescimento do PIB da Zona do Euro, fez com que os investidores ampliassem o apetite pelo risco. Dentre os dados de conjuntura econômica, a produção industrial da Alemanha teve queda de 0,3% em maio contra as expectativas de 0,5%.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em alta, alcançando novas máximas após a divulgação da Ata da última reunião do FED. Os dirigentes da autoridade monetária americana mostraram que o Banco Central deve ter parcimônia ao retirar os estímulos da economia. Quanto à inflação, apesar do aumento nas projeções, ainda há perspectiva de que a alta nos preços seja transitória.

Embora o risco político ainda pressionar as expectativas dos agentes impactando o dólar, a quarta-feira (07) foi positiva para o Ibovespa com o ministro da economia, Paulo Guedes, se mostrando mais moderado quanto à proposta da reforma tributária e com os dados do varejo tendo alta levemente aquém do esperado, mas com avanço considerado com elevação de 16,0% e alta de 1,4% no mês de maio. O IGP-DI de junho subiu 0,11% anta 3,40% em maio impactado pela queda do IPA de 0,16%.

Para hoje (08/07)

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda devido à intensificação da intervenção de Pequim em grandes companhias de tecnologia. Pelo lado da política monetária, após início de política monetária mais restritiva, inesperadamente, a autoridade monetária sinalizou relaxamento colocando questionamento em relação ao ritmo da recuperação do gigante asiático.

No exterior, os mercados abrem em forte queda. Na Europa, há receios quanto ao aumento da intervenção chinesa nas companhias de tecnologia e com receios em torno da revisão da política monetária. Quanto aos dados de atividade econômica, foram publicados dados das contas externas na Alemanha, com a balança comercial tendo resultado aquém do esperado.

Nos Estados Unidos, os futuros também operam em queda com a derrota das empresas de tecnologia na China e os receios em torno do crescimento da segunda maior economia do mundo. O mercado também espera os pedidos por seguro-desemprego, os estoques de petróleo bruto como destaque na agenda do dia.

No Brasil, o mini índice futuro opera em queda, seguindo seus pares globais e a queda de 1,96% no minério de ferro cotado em Qingdao. O mercado também ticará atento aos ruídos na política gerada pela CPI da covid-19.

Quanto aos dados de atividade econômica, o IPCA teve alta de 0,53% acima expectativa de 0,59% ao mês em junho. Em 12 meses, o indicador acelera 8,35%. Dentro das maiores pressões no índice, os grupos que mais se destacam Habitação (+1,10% ao mês), Artigos de residência (+1,09% ao mês) e vestuário (+1,21% ao mês). No Acumulado do Ano, artigos de residência e transportes evidenciam aumento de 5,21% e 8,19% respectivamente.

O Bacen fará leilão de swap cambial a partir de das 11:30 e o Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFT para 2023 e 2027.

A possibilidade de antecipação de vacinas e as tramitações em torno da reforma tributária também ficarão no radar.

Auto: Matheus Jaconeli

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