Os mercados europeus fecharam majoritariamente em alta. Embora a inflação tenha superado as expectativas, chegando a 5,1% em janeiro na Zona do Euro, os mercados reagiram bem ao bom-humor de Nova York e aos dados positivos dos balanços como o da mineradora suíça cotada em Londres, a Glencore e o banco espanhol Santander. Londres teve alta de 0,76%. Frankfurt caiu próxima da estabilidade em 0,04%. Paris ganhou 0,22%. Milão teve avanço de 0,76%; Madri teve perda de 0,15% e Lisboa teve alta de 0,04%.
As bolsas americanas fecharam em alta puxadas pelos números corporativos de Alphabet e Apple. A divulgação do dado de criação de vagas no setor privado da ADP Systems com queda de 301 mil vagas ante a expectativa de 207 mil aliviou um pouco o peso nos rendimentos das treasuries, dando impulso adicional às praças de Nova York. O índice Dow Jones subiu 0,63%, a 35.629,33 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,94%, a 4.589,38 pontos, e o Nasdaq avançou 0,50%, a 14.417,55 pontos.
No Brasil, a bolsa fechou em queda no dia da abertura da agenda de balanços. A pressão nos bancos após o resultado aquém do esperado de Santander. As companhias do setor de petróleo também caíram devido ao anúncio de que a OPEP+ e outros grandes produtores de petróleo confirmaram aumento moderado na produção da commodity energética. Os investidores também aguardavam a decisão do Copom que ocorreu após o fechamento do mercado. O Ibovespa fechou com queda de 1,18% a 111.894 pontos.
Para hoje (03/02)
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com Seul avançando 1,67% após o feriado. Tóquio, acompanhando as perspectivas de queda no Nasdaq, caiu 1,06%.
Na Europa, os mercados operam em queda com agenda econômica cheia e aguardando a decisão de Lagarde em relação à condução da política monetária. No Reino Unido, há menos neblina quanto à decisão do BoE, pois do outro lado do Canal da Mancha, uma alta de juros é mais provável. Quanto à agenda corporativa, petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell divulgou lucro maior do que o esperado durante a madrugada.
As bolsas americanas estão caindo acompanhando o resultado ruim de Meta, controladora do Facebook. Os investidores também ficam atentos aos dados da agenda econômica.
No Brasil, os investidores ficarão atentos à continuidade da agenda corporativa e à divulgação dos números do PMI.
Além da agenda, o mercado também digerirá a decisão da política monetária do Copom. Após subir a taxa Selic para 10,75%, a autoridade monetária brasileira veio com comportamento levemente dovish, com expectativa de 1 pp nas próximas reuniões.
Na agenda corporativa, a Ambipar compra canadense First Response por valor não revelado. Fundada em 2007, First Response possui 8 bases operacionais no Canadá, com foco em combate a incêndios e treinamentos de bombeiro. Acordo marca 4ª aquisição da Ambipar no Canadá e a 10ª na América do Norte.
Braskem pretende unificar classes de ações PN. Conselho aprovou convocação de Assembleia Especial de Acionistas Preferenciais Classe “B” para deliberar sobre a conversão dessa classe em ações preferenciais Classe “A”. Assembleia foi convocada para 25/fev/2022.
Notre Dame Intermédica informa que a BRL Trust Investimentos reduziu suas participações na empresa após realização de oferta secundária. De forma agregada, o fundo possui agora um porcentual inferior a 10% do capital social da companhia.
Conselho da Oi aprova, por unanimidade, aporte de R$ 1,5 bilhão da GloboNet Cabos Submarinos e de fundos do BTG para investir na V.tal.
Vale fechou contrato para venda de até 1 milhão de toneladas de minério de ferro para a Mitsui, empresa acionista da companhia. Contrato tem vigência de janeiro a dezembro de 2022.
Ibra Energia pretende inaugurar primeiro ponto de recarga elétrica num posto de gasolina até o fim de junho. Empresa entra no mercado de mobilidade elétrica por meio de um aporte inicial de R$ 5 milhões na startup Easy Volt.
A Eletrobras se reúne hoje com o Coletivo Nacional dos Eletricitários para discutir a greve dos empregados da estatal no Rio, que já dura 17 dias. A paralisação foi motivada por mudanças no plano de saúde dos funcionários, em meio às discussões sobre a privatização. Para companhia também há a notícia negativa de que há erros de cálculo no processo de privatização.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917