Os mercados europeus fecharam majoritariamente em alta, evidenciando recuperação após fortes perdas por conta dos receios de menor crescimento econômico, isto é, receios de recessão. O dia foi de números de atividade econômica evidenciando que a situação econômica no continente é desafiadora.
Na Alemanha, o Instituto Ifo informou que o país pode entrar em recessão em 2023, caso a Rússia continue a manter a limitação da oferta de gás ao país. Tal situação, impacta não só os alemães, mas como se trata de uma da maior economia da UE, tende a impactar os demais países do continente. Além disso, o índice divulgado ficou aquém do esperado a 92,3 pontos.
No Reino Unido, as vendas no varejo perderam 0,5% em maio e na Espanha, o PIB cresceu 0,2% no primeiro trimestre, contra as prévias de 0,3%. Londres teve alta 2,68%. Frankfurt teve avanço de 1,59%. Paris teve ganhos de 2,23%. Milão subiu 2,33%. Madri e Lisboa ganharam 1,21% e 1,84% respectivamente.
Nos Estados Unidos, o mercado também fechou em alta devido ao forte desconto e mudança rotacional por conta dos riscos observados em países emergentes como é o caso do Brasil, Chile e Colômbia. Nos Estados Unidos, é observado que os dados de atividade econômica começam a evidenciar fraqueza, fazendo com que as Treasuries tivessem queda gerando avanço, principalmente às companhias de tecnologia.
No dia, o índice de percepção do consumidor teve queda para 50 pontos evidenciando uma das maiores quedas, mas o índice de expectativas de inflação teve leve queda, saindo de 5,4% para 5,3%. O Dow Jones teve alta de 2,68%. O S&P 500 ganhou 3,06% e o Nasdaq teve ganho de 3,34%.
No Brasil, o mercado fechou em alta de 0,6% a 98.672 pontos. A alta menos expressiva, apesar da alta das commodities e do bom humor no exterior, os investidores ficaram de olho no risco fiscal devido às expectativas em torno do aumento do Auxílio Brasil e o voucher para caminhoneiros, como incremento do vale gás.
Com tais questões, mesmo que o Ibovespa esteja descontado em relação às demais bolsas, os ruídos fiscais e a proximidade das eleições acabam arranhando os possíveis fatores positivos e o mesmo acontece com alguns pares da América do Sul.
Os mercados asiáticos fecharam em alta, acompanhando seus pares ocidentais e de olho nas notícias em torno da Covid na China. No país, não houve aumento de casos em Xangai, sendo mais um fator para contribuir com as altas.
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 3,96%, a 775,00 iuanes, o equivalente a US$ 115,87
Nos Estados Unidos, os futuros continuam indicando alta das bolsas dado os descontos. Na agenda econômica, os investidores ficarão de olho nos números do mercado imobiliário, nos pedidos por bens duráveis que indicam a situação da indústria. Williams de pronunciará, dando perspectivas do Fed em relação à economia do país.
Na Europa, os mercados também operam em alta, não obstante o cenário recessivo. A guerra se intensifica com novos ataques à Kiev no final semana, contribuindo para alta do petróleo.
No Brasil, a alta das commodities é um fator positivo. Todavia, os ruídos na política podem limitar os ganhos como ocorrera na sexta-feira.
Na agenda corporativa, a Petrobras informou na sexta-feira, em fato relevante, que o nome de Caio Paes de Andrade, indicado pelo governo para a presidência da estatal e o quinto executivo no comando da estatal do governo de Jair Bolsonaro, foi aprovado sem vedações pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da empresa. A decisão não foi unânime, mas venceu a maioria.
A Braskem comunicou o resgate de notes no exterior por meio de duas subsidiárias.
A Eneva informou que sua oferta restrita de ações saiu a R$ 14,00 por ação e a operação somou R$ 4,2 bilhões.
Copasa e o Conselho de Administração da Companhia deliberou pela destituição do Diretor-Presidente, Carlos Eduardo Tavares de Castro e pela eleição do Guilherme Augusto Duarte de Faria para o cargo.
Anima, a Moody’s Local BR Agência de Classificação de Risco atribuiu pela primeira vez o Rating Corporativo (CFR) ‘AA.br’ à nima Holding, com perspectiva estável.
Getninja, o diretor-presidente da empresa, Eduardo Orlando L’Hotellier, elevou sua participação no capital da companhia, passando a deter 8.690.656 ações ordinárias, equivalentes a 17,304% do total.
A Mobly divulgou que recebeu, no dia 23 de junho, notificação da CTM Investimentos, que em virtude de aquisições realizadas no mercado, fundos de investimento e contas administradas que estão sob sua gestão discricionária, atingiram de forma agregada, participação equivalente a 5,75%.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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