Os mercados europeus fecharam em alta no pregão de quinta-feira (02). Os investidores responderam de forma positiva o PPI abaixo do esperado na Zona do Euro, indicando desaceleração dos preços ao produtor do continente, mesmo com os riscos advindos dos desdobramentos dos embargos feito aos Russos.
O indicador de preços saiu de 5,3% em março para 1,2% em abril e a expectativa era de 2,3%. Outro fator importante, foi a reunião da OPEP+ falando em aumento da oferta de petróleo global, agora com a possibilidade real da Rússia ser excluída do grupo. O índice Stoxx 600, encerrou a sessão com ganho de 0,57%. O índice DAX, de Frankfurt, fechou em alta de 1,01%. O CAC 40, de Paris, ganhou 1,27%. O índice FTSE MIB, de Milão, avançou 0,59%. Na contramão, Madri e Lisboa perderam 0,04% e 0,67% respectivamente.
Nos Estados Unidos, os mercados subiram. No dia, um dos indicadores mais importantes de atividade econômica, os dados do ADP Systems, ficaram abaixo do esperado que era criação de 300 mil vagas e foram criadas 128 mil em maio, ante 202 mil em abril. Os discursos de membros do FOMC como Lael Brainard e Loretta Mester confirmaram a possibilidade de avanço de 50 pontos-base de alta na taxa de juros. Os discursos e os dados, jogaram os juros de 10 anos para baixo. O Dow Jones teve alta de 1,33%. O S&P 500 e o Nasdaq avançaram 1,84% e 2,69% respectivamente.
No Brasil, o Ibovespa também seguiu os seus pares globais, mesmo que de forma menos pujante com avanço de 0,93% a 112.393 pontos. O dia foi positivo, principalmente para as companhias do setor de mineração e companhias com boa relação com o dólar.
Para hoje (03/06)
Na Ásia, os mercados operaram em alta, acompanhando Wall Street. O Nikkei teve alta de 1,27% e o Kospi ganhou 0,44%. Os mercados na China não operaram por conta de um feriado local.
Nos Estados Unidos, os mercados cedem com os investidores cautelosos, esperando os números do payroll. A expectativa do mercado é de que sejam criadas 428 mil vagas. Os rendimentos de 10 anos operam com alta em 2,926%.
Na Europa, os mercados também operam com certa parcimônia, aguardando os números dos Estados Unidos. Quanto aos dados internos de atividade econômica, os PMIs de serviços e composto vieram aquém do esperado. As vendas no varejo da Zona do Euro tiveram queda de 1,3% ante expectativa de 0,3%.
No Brasil, o mercado ficará atento aos números de produção industrial e aos PMIs. Na política a possibilidade de um decreto de calamidade tentando aumentar os gastos para subsidiar combustíveis e a questão do ICMS também ficam no radar. Quanto ao cenário de queda do petróleo afetando petroleiras, as notícias pelo lado político e a depender do que sair no payroll, podemelevar os juros futuros.
No corporativo, a Eletrobras começa o período de reserva para investidores na oferta de ações. A operação poderá movimentar até R$ 35 bilhões e o governo poderá resultar em uma diluição do capital do governo na empresa, para menos de 50%. O preço da ação vai ser fixado na semana seguinte, em 9 de junho. A estatal ainda informou que sua controlada, Furnas, integralizou 5,4 bilhões de ações ON, no valor de R$ 681 milhões.
A Camil (CAML3) informou que o valor bruto unitário por ação ordinária foi ajustado de R$ 0,069680254 para R$ 0,069719118. Terão direito ao JCP todos os acionistas detentores de ações ordinárias de emissão da companhia no encerramento dos negócios na B3, em 1º de junho de 2022. Os JCP serão pagos no dia 10 de junho de 2022.
O Conselho do PPI aprova incluir Petrobras em estudos para desestatização. A inclusão oficial da Petrobras no PPI só pode ser feita depois do decreto. Um comitê interministerial, formado pelos Ministérios da Economia e de Minas e Energia, se encarregará dos estudos, tanto sobre a desestatização da Petrobras como sobre a venda dos contratos da PPSA, estatal que gere a comercialização do petróleo extraído da camada pré-sal.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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