Mercados com cautela em relação à nova cepa, reforma tributária, CAGED e Receita Tributária no radar interno.

Tempo de leitura: 3 min.

As principais bolsas da Europa fecharam em alta no pregão de sexta-feira (25). A perspectiva positiva de maior crescimento econômico no terceiro trimestre, juntamente com Lagarde reafirmando a política monetária expansionista, deram ânimo aos investidores. Dentre os indicadores de conjuntura econômica, o indicador GfK evidenciou otimismo por parte dos consumidores da Alemanha, maior economia do continente.

Não obstante mais um indicador de inflação elevado, os principais índices de Wall Street também fecharam em alta. O PCE (índice de preços de gastos com consumo) atingiu mais um recorde chegando à variação de 3,4% em maio, dentro das projeções do mercado, mas a proposta pacote de US$ 1,2 trilhões para a infraestrutura divulgada na quinta-feira (24) manteve o otimismo dos investidores.

No Brasil, o Ibovespa foi na direção contrária de seus pares globais. A proposta da reforma tributária apresentada pelo Ministério da Economia foi malquista pelo mercado propondo taxação de 20% sobre dividendos, fim dos juros sobre capital próprio, taxação de 15% aos dividendos de fundos imobiliários e mais alterações na taxação em fundos fechados.

Para hoje (28/06)

Os mercados asiáticos fecharam em leve queda na madrugada desta segunda-feira (28). O índice de lucros industriais teve alta anual de 36,4% em maio, evidenciando desaceleração considerável, ante 57% no período imediatamente anterior. Além disso, os investidores tiveram certa cautela aguardando importantes catalizadores macroeconômicos que serão divulgados ao longo da semana como Payroll e os PMI’s.

Os mercados no exterior abrem misto na manhã desta segunda-feira (25). Há preocupação no Velho Continente em relação à nova variante “delta”. Nos EUA, há expectativa em relação aos comentários dos dirigentes do FED.

O Bacen, como ocorre toda segunda-feira, publicou o Relatório Focus. Mais uma vez os analistas projetam elevação para o PIB ao fim de 2021, com perspectiva de 5,05%. A inflação também sofre novo aumento para 5,97%. A Selic tem perspectiva de 6,50%.

A autoridade monetária também divulgará o volume de crédito com projeção de avanço de 0,7% em maio; o total de empréstimos com R$ 4,147 bilhões de estimativa e a inadimplência de empréstimos pessoais. Às 11:30 serão feitas ofertas swap cambial.

Às 15: o Tesouro publicará a Receita Tributária Federal com projeção de R$ 236,88 bilhões e às 16 horas o Caged publica o Índice de Evolução de Emprego do CAGED.

Os mercados também ficarão atento ao processo de vacinação e a tramitação das reformas.

Agenda internacional

Na Alemanha a agência Destats apresentou a inflação de bens importados com avanço de 1,7% ao mês e de 11,8% ao ano, superando as perspectivas em maio.

Nos Estados Unidos, os haverá o discurso de Williams e Quarles, ambos membros do FOMC.  

Auto: Matheus Jaconeli

Deixe um comentário