As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta antes das eleições na França. Um evento importante para os mercados da região, dado que para o mercado, Macron, quem lidera nas pesquisas, é o que agradaria o mercado. Ademais, a continuação do conflito na Ucrânia também ficou no radar com os russos focando suas energias na região de Donbass. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 1,56%. Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,46%. O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, registrou ganho de 1,34%. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB fechou em alta de 2,13%. Na península ibérica, Madri e Lisboa tiveram avanço de 1,64% e 0,71% respectivamente.
Nos Estados Unidos, as empresas do setor de tecnologia foram as que mais sofreram, em dia de agenda econômica fraca, a alta nos rendimentos das treasuries de 10 anos impactou fortemente o setor. Por outro lado, bancos e energia foram beneficiados pelo cenário de perspectiva de alta de juros e possibilidade de aumento às sanções à Rússia. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,40%, em 34.721,12 pontos, o S&P 500 recuou 0,27%, a 4.488,28 pontos, e o Nasdaq caiu 1,34%, a 13.711,00 pontos.
No Brasil, os investidores reagiram mal ao dado de inflação acima das expectativas, colocando receio de que o Bacen pode prolongar o ciclo de alta de juros afetando, principalmente companhias ligadas ao consumo e ao imobiliário. O Ibovespa teve queda de 0,45% a 118.322 pontos.
Para hoje (11/04)
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda devido à inflação acima do esperado. O IPP (índice de preço ao produtor) teve alta de 8,3%, o CPI teve avanço de 1,5% e o número elevado de infectados pelo coronavírus aliado às restrições impostas pelo governo, gera receios quanto ao crescimento econômico da principal economia da região. No Japão, o Nikkei teve queda de 0,61%. O Kospi da Coreia do Sul perdeu 0,27%. Hong Kong teve forte desvalorização em 3,03% e Taiwan perdeu 1,37%. Na China continental, o Xangai e o Shenzhen tiveram perda de 2,61% e 3,33% respectivamente.
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 4,56%, a 868,5 iuanes, o equivalente a US$ 136,35.
Nos Estados Unidos, os futuros operam em queda com os investidores aguardando as falas dos membros do FED indicando que a autoridade monetária pode ter argumentos mais duro no combate a inflação. Hoje os investidores ficarão de olho nos discursos de Bawman, Willians e Evans, membros do FOMC. Na agenda corporativa, os investidores aguardam os balanços de JPMorgan Chase e BlackRock.
Na Europa, os mercados operam majoritariamente em queda com os investidores de olho no segundo turno das eleições na França, onde Emmanuel Macron e Marine Le Pen se enfrentam, após terem empate técnico no primeiro turno. A crise na Ucrânia também continua no radar dos investidores, mas há o ponto positivo de que a Rússia relaxou alguns de seus controles de capital mais onerosos em mais um sinal de que sua economia está se adaptando às sanções impostas pelos EUA, UE, Reino Unido, Japão e Austrália. Na agenda econômica, se destacam os números do Reino Unido.
No Brasil, as altas dos juros nos Estados Unidos podem impactar o Ibovespa. A queda no petróleo e no minério de ferro também merecem atenção podendo afetar as companhias do setor e trazendo pressão baixista para o índice. Outro fator a ser levado em consideração são os balanços dos bancos nos Estados Unidos, podendo gerar respostas aos bancos daqui.
Na agenda corporativa, a Petrorio (PRIO3) informou que produziu 35.000 barris de óleo equivalente por dia (boed) em março. No primeiro trimestre do ano, a companhia encerrou com produção de 35.189 barris de óleo equivalente por dia.
A Enauta (ENAT3) também divulgou os números de sua produção de petróleo e gás, que são referentes ao exercício no mês de março de 2022. Foram 635,7 mil barris de óleo equivalente (boe), o que representa 20,5 mil barris (boe) por dia.
Também no setor de petróleo, a Dommo (DMMO3) informou uma produção de 28.723 barris de petróleo no mês de março, contra produção de 26.555 barris em fevereiro.
A Ânima (ANIM3) criou uma joint-venture com a Telefônica (VIVT3) na área de educação. A joint-venture oferecerá uma plataforma digital de educação com cursos livres de capacitação, com foco em educação continuada e empregabilidade em áreas como, por exemplo, Tecnologia, Gestão, Negócios e Turismo.
A Cielo (CIEL3) informou que a alienação de sua subsidiária Merchant foi concluída na sexta-feira (8), após o cumprimento das condições precedentes, com o pagamento à companhia de US$ 137 milhões referente à parcela fixa (upfront), ajustada conforme os termos previstos nos documentos da operação.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917