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Mercados cautelosos com Lockdown na Europa e eleições para o Senado dos EUA | Nova Futura

Written by Nova Futura | 20/10/2023 19:02:40

O mercado fechou sem direção única no primeiro pregão de 2021, afetado pelos efeitos dos avanços da COVID-19 no hemisfério norte. Na Europa, apesar de ter conseguido manter a alta, os investidores devolveram parte dos ganhos. Inicialmente, os agentes se mostravam positivos com os avanços de vacinas, com as expectativas de estímulos à economia americana e os desdobramentos do acordo entre o Reino Unido e a União Europeia. Contudo, a piora referente aos números de infectados pela COVID-19 fez com que os mercados globais tivessem piora.

As bolsas europeias que abriram a sessão acima de 1,00% tiveram piora em sua maioria em relação a abertura. Londres, teve alta de 1,72%. Frankfurt, teve elevação de 0,06%. Paris, subiu a 0,68%. Milão, ganhou 0,37%. Madrid, ganhou 0,32%.

O petróleo, que disparava no começo do pregão, também fechou em baixa. A reunião da OPEP+ deixou resquícios de incerteza, com os russos pensando em cortes mais flexíveis, enquanto os sauditas apoiam uma postura mais prudente.

O WTI, teve queda de 1,85%, a US$ 47,62. O Brent, teve recuo de 1,37%, em US$ 51,09. Em Nova York, após a renovação das máximas históricas na abertura, os principais índices americanos sucumbiram ao pessimismo em relação ao avanço da Covid-19 e, por consequência, medidas de restrição social que podem impactar a retomada da economia. O Dow Jones, fechou com queda de 1,25%. O S&P 500, perdeu 1,48% e a Nasdaq teve baixa de 1,47%.

No Brasil, o principal índice da B3 também fechou em queda, tendo em vista o aumento do risco global ocasionado pelo avanço da nova variante da COVID-19 no hemisfério norte, fazendo com que os agentes saíssem de ativos de mercados emergentes. Os destaques do pregão foram de ativos do setor de commodities devido à alta nos preços do minério de ferro. O Ibovespa teve queda de 0,17%, aos 118.854,71 pontos. O dólar teve alta de 1,53% a US$ 5,27.

Na Ásia, o recuo da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em excluir três companhias chinesas do setor de comunicação da listagem, fez os mercados da China subirem. O Xangai, teve avanço de 0,73% e o Shenzhen ganhou 2,15%. Em Hong Kong, os ganhos foram de 0,64% e Seul, teve avanço de 2,57%.

No Japão, houve queda, devido ao desconforto inerente ao avanço da Covid-19 em Tóquio, fazendo com que ocorra recrudescimento das medidas de distanciamento social, fazendo com que o Nikkei tivesse queda de 0,37%.

Para hoje (05/01)

Os mercados europeus abriram em queda, mediante o avanço da nova variante da COVID-19 e, por consequência, dos lockdowns no Reino Unido e Alemanha, algo que também pode acontecer em outros países da Europa. Os futuros nos Estados Unidos abrem com cautela, tendo em vista o avanço do novo coronavírus e as incertezas quanto à votação no Senado da Georgia.

No Brasil, os futuros também abriram com cautela. Haja vista uma agenda vazia, os movimentos internos estarão fortemente atrelados ao que ocorrerá nos países desenvolvidos. O Tesouro fará um leilão de NTN-B, às 11 horas podendo evidenciar a demanda por títulos públicos que permitem o aumento de prazo para o pagamento da dívida, em outras palavras, mais espaço para o pagamento da dívida do Tesouro.

Europa: Varejo e desemprego na Alemanha, dados monetários na Zona do Euro:

Hoje (05), a maior economia da União Europeia teve seus dados de vendas no varejo e mercado de trabalho divulgados pela agência Destats. As vendas no varejo para o mês de novembro, possuem perspectivas negativas, por conta do recrudescimento das medidas de isolamento social impostas por Berlin, devido ao aumento no número de casos no país, com os agentes projetando queda de 2,0% no mês.

Os dados publicados tiveram avanço de 1,9% superando as projeções dos agentes. Quanto ao mercado de trabalho, o indicador segue a mesma lógica, tendo em vista os efeitos da retomada no número de infectados pela doença. Esperava-se que houvesse aumento de 10 mil desempregados, apesar da taxa de desemprego ter previsão de manutenção de 6,1%. Os números publicados mostraram queda no desemprego, de 37 mil desempregados, mostrando resiliência da economia alemã em meio à crise, e a taxa de desemprego se manteve em 6,1%.

Quanto à Zona do Euro, o BCE (Banco Central Europeu), publicou seus números relacionados à expansão monetária. Conforme se esperava, o banco permaneceu com a política de expansão, conforme a instituição vinha anunciando ao longo do ano, com o objetivo de fornecer liquidez aos mercados. O BCE expandiu a massa monetária de 11,0%.

Brasil: Índice de preços ao produtor

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou o indicador de preços ao produtor. De acordo com os números do IGP-M, há perspectiva de queda nos preços ao produtor, em grande medida, pela queda no dólar durante o mês de referência. O número divulgado foi de 1,39% em novembro, contra 3,40% em outubro, com destaque para a diminuição nos preços dos bens intermediários.

Estados Unidos: Indicadores ISM e petróleo

Nos Estados Unidos, após um bom número do PMI industrial publicado pela agência britânica IHS Markit, a americana ISM Inc. disponibilizará o mesmo indicador, segundo sua metodologia, o qual envolve um número maior de companhias. A expectativa dos agentes é de queda no índice, mas ainda evidenciando crescimento ficando em 55,6 pontos em dezembro, caso as expectativas do mercado se concluam, contra avanço de 57,5 pontos em novembro. A companhia também divulgará o indicador de emprego para o setor manufatureiro. O indicador pode continuar em níveis baixos, conforme os números de pedidos por seguro-desemprego vêm mostrando ao longo das semanas.

Por fim, a Administrações de Informações sobre o Petróleo (API) a quantidade de barris da commodity energética produzidos em solo americano por companhias privadas.

Autor: Matheus Jaconeli