Os mercados europeus fecharam em alta na sessão da tarde de ontem (05). A correção nos ativos do setor de tecnologia e financeiro subiram após a forte queda do dia anterior sendo impulsionados pela recuperação em Nova York. A alta do petróleo contribuiu para a alta das companhias do setor de energia. Pelo lado da conjuntura, os indicadores do PMI de serviços e composto, embora tenham evidenciado crescimento menor em relação ao mês imediatamente anterior, os indicadores ficaram acima das prévias. O índice de preços ao produtor chegou a 13,4%, próximo das expectativas. O indicador, por ser de agosto, possui certa defasagem, de modo que as observações deste mês tragam dados mais consistentes, principalmente por conta do avanço nos preços de energia.
Em Nova York, os principais índices subiram em meio à divulgação de bons indicadores de atividade econômica, recuperando as perdas da sessão anterior. Embora, ainda existam receios em relação a alta nos juros e inflação.
No Brasil, apesar das altas do começo do dia não se sustentaram por conta dos temores em torno da inflação e a situação política, ao passo que as expectativas de medidas populistas possam afetar o lado fiscal. Quanto aos dados de conjuntura, a produção industrial registrou queda de 0,7%, caindo mais que o esperado, refletindo os problemas recentes na cadeia produtiva. Os PMIs de serviços subiram, como era o esperado devido ao avanço da vacinação e da reabertura.
Para hoje (06/10)
Os mercados asiáticos fecharam em queda, sem acompanhar as altas de Nova York. Os receios em torno da crise de liquidez da Evergrande continuam a gerar mau-humor nos mercados da região. No Japão, a situação política continua com ruídos.
O minério de ferro voltou a ter alta de 0,13% na bolsa de Singapura, cotado a US$ 117,75.
Na Europa, as bolsas operam em queda acompanhado os números aquém do esperado das Vendas no Varejo na Zona do Euro e do indicador de encomendas à indústria na Zona do Euro.
Nos Estados Unidos, os mercados operam em baixa, aguardando os dados da ADP Systems e receosos com a alta do rendimento das treasuries.
No Brasil, a agenda é escassa, tivemos o IGP-DI de setembro. O indicador caiu 0,55% contra as expectativas de 0,68% sendo influenciado pela queda nas commodities, em especial, do minério de ferro, impactando o IPA. As vendas no varejo têm perspectiva de alta, mas aquém das observações anteriores.
O Bacen 14.000 contratos de swap em leilão a partir das 10:30 para ajuste do overhedge e 16.930 contratos de swap para rolagem a partir das 11:30.
O DXY em alta, mostra dia de fraqueza para mercados emergentes, em um cenário de busca por ativos mais seguros.
Na política, a questão em torno da política de preços da Petrobras. Pelo lado positivo, há a aprovação do marco legal das ferrovias, dando novos instrumentos de outorga para ferrovias em regime privado, com participação mínima do Estado, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal, e contém ainda definições técnicas para harmonizar a legislação do setor.
Por fim, é esperado que o movimento global de fly to quality, isto é, os investidores buscando ativos com maior qualidade, como pode ser evidenciado pelo movimento das treasuries.