Os principais índices europeus fecharam majoritariamente em alta no pregão de ontem (02). Os agentes estavam a antecipar os números do Payroll. Como o indicador da ADP Systems veio aquém do esperado, espera-se que o principal indicador de atividade da maior economia do planeta também tenha números além do esperado, confirmando o FED mais dovish.
Em Nova York, os mercados fecharam em alta. Os números de encomendas à indústria vieram acima do esperado, tal como a Balança Comercial. Os pedidos semanais por seguro-desemprego também vieram acima das projeções, mas espera-se que os dados do payroll que serão publicados hoje (03), corroborem com a permanência do discurso menos altista do FED.
No Brasil, o mercado fechou em queda, sem acompanhar o bom-humor externo. Os investidores passaram a tarde digerindo os efeitos da reforma tributária que passou com a tributação de 20% sobre dividendos. Além disso, houve rejeição de um destaque que favorecia o setor de aviação, fazendo com que as empresas tivessem queda, ignorando as perspectivas que poderiam ser geradas com a volta dos voos para a Europa.
Para hoje (03/09)
Os mercados asiáticos fecharam mistos de olho no anúncio da saída de Yoshihide Suga, primeiro-ministro japonês, e os dados fracos dos PMI’s de serviços e composto da China.
Os mercados na Europa, os mercados operam sem direção única, com os investidores aguardando o payroll e estão a digerir os dados dos PMI’s e das vendas do varejo na Zona do Euro que vieram bem aquém do esperado em julho.
Nos Estados Unidos os futuros operam em alta enquanto os investidores aguardam os números do payroll, PMI de serviços e composto.
No Brasil, os agentes continuarão a reagir à reforma do IR com o fim dos juros sobre o capital próprio (JCP) e com a taxação de dividendos em 15%.
Quanto à agenda econômica, às 10 horas a agência Markit divulgará o PMI de serviços e composto para o país.
Às 11:30, o Bacen ofertará até 15.000 contratos de swap.
Setorialmente, há risco de provedores regionais de comunicação atrapalharem o leilão do 5G e paras ferrovias, o novo regime para a expansão da malha ferroviária por nove estados (Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí e São Paulo) podendo render R$ 53 bilhões em investimentos privados.
Autor: Matheus Jaconeli