Mercados abrem majoritariamente em alta no exterior, a espera do Simpósio de Jackson Hole.

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Os mercados europeus fecharam sem direção única, mas majoritariamente em alta, na sessão de ontem (24). A alta majoritária se deveu, em grande medida, ao bom desempenho das commodities, notícias de melhora de condições econômicas da China anunciados pelo Banco Central do país. Internamente, o PIB da Alemanha também animou, crescendo 1,9% ao trimestre e 9,8% ao ano no segundo trimestre.

As bolsas americanas operaram em alta com a aprovação total da FDA (A Food and Drug Administration) o equivalente ao ministério da saúde dos Estados Unidos em relação as vacinas da Pfizer e da BioNTech gerando perspectivas de que o controle do nível de infectados no país esteja controlado. Quanto ao Simpósio de Jackson Hole, o mercado não espera novidades no comportamento de Jerome Powell, mas há aguardo de alguma possível sinalização quanto ao tapering.

No Brasil, os ruídos na política deram um pouco de trégua com a participação de Arthur Lira em um evento para investidores acalmando os nervos do mercado. O bom-humor esterno e a retomada nos preços das commodities também contribuíram para alta do mercado ao longo do dia e queda nos receios de um possível aperto monetário nos Estados Unidos, contribuíram para a tomada pelo risco, ajudando na valorização de ativos descontados. 

Para hoje (25/08)

As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, acompanhando Wall Street, no pregão de ontem (24). Além disso, players do continente acreditam que, provavelmente, o FED não terá um posicionamento mais agressivo quanto ao tapering após o simpósio de Jackson Hole.

Nos Estados Unidos, os futuros abrem em alta moderada, com a espera de sinalizações de Jackson Hole e dos dados de atividade econômica que serão divulgados hoje.

Na Europa, os mercados operam no positivo, após dados positivos de confiança empresarial na Alemanha, que apesar de terem vindo aquém do esperado, ainda evidenciam crescimento em meio a receios do avanço da variante Delta.

No Brasil, a cena política pode ter mais um dia de trégua, com possível amenização de conflitos entre o judiciário e o executivo, fazendo com que haja mais um dia alívio para o mercado local.

Na agenda econômica, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV registrou queda de 0,4 ponto em agosto após quatro altas seguidas, chegando a 81,8 pontos. A renda das famílias foi um dos principais fatores para que houvesse queda nas perspectivas, tendo em vista o avanço da inflação a impactar a renda disponível de tais agentes econômicos.

Também serão divulgados os indicadores de saldo de conta corrente e o investimento estrangeiro, com expectativa de saldo de -US$ 500 milhões e US$ 4,7 bilhões respectivamente.

O IBGE divulgará o principal indicador antecedente de inflação, o IPCA-15. A expectativa é de que o indicador tenha aceleração 924% em agosto, ante 8,59% no mês imediatamente anterior. Ao mês, espera-se que o indicador saia de 0,72% para 0,82%.

A partir das 11:30, o Bacen fará a divulgação de até 15.000 contratos de swap para rolagem.

Mais tarde, às 12:00 a Receita Federal divulgará a arrecadação de julho. A expectativa é de que seja alcançado um montante de R$ 161,6 bilhões.

As altas nos preços das commodities também podem beneficiar o mercado local.

Autor: Matheus Jaconeli

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