Mercados abrem em queda de olho em problemas de gargalos produtivos, intervenções na China e expectativa de retirada de estímulos monetários nos EUA.

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Os mercados europeus fecharam mais um dia em queda, digerindo o tom mais hawkish por parte do FED e aumentando as expectativas de que o tapering ocorra a partir de setembro. Somado a esse cenário, os receios em relação ao avanço no número de infectados pela variante Delta continuaram no radar.

Nos Estados Unidos, os índices fecharam mistos com a cautela pós-FED. Ao longo do dia se destacaram a recuperação dos ativos de tecnologia, com os investidores saindo de ativos cíclicos, o que sustentou o S&P 500 e o Nasdaq.

No Brasil, o mercado teve correção técnica, interrompendo a sequência de quedas com agentes do mercado zerando posições, levando ao avanço de alguns ativos. Todavia, o risco fiscal e político continuou no radar dos investidores.

Para hoje (20/08)

A China, mais uma vez, anunciou intervenção em companhias do setor de tecnologia, levando temores aos mercados do continente. No Japão, companhias do setor automotivo caem com os gargalos na cadeia produtiva. Quanto aos indicadores econômicos divulgados na noite de ontem, a inflação ao consumidor no Japão ficou levemente dentro do esperado e a Taxa Preferencial de Empréstimos do Banco Central da China ficaram inalteradas.

As bolsas europeias operam em queda com a permanência da digestão das expectativas de tapering, intervenções da China no mercado de tecnologia e problemas na cadeia produtiva. Quanto aos dados de atividade econômica no continente, as vendas no varejo do Reino Unido decepcionaram as expectativas e os preços ao produtor alemão subiram acima das projeções.

Nos Estados Unidos, os mercados operam em queda mediante às regulamentações na China, problemas no fornecimento de chips e avanço da variante Delta. A agenda econômica segue relativamente vazia com foco no discurso de Keplan e a divulgação de sondas petroleiras.

No Brasil, o contrato do mini índice futuro abriu em queda, acompanhando o mau-humor global.

A queda nas commodities devem voltar a afetar companhias ligadas ao setor de minério de ferro e de petróleo.

Pelo lado fiscal, também merecem atenção a audiência do Senado sobre a Reforma Tributária com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, às 11h e, mais tarde, às 16h, a live sobre a PEC dos Precatórios com a participação Secretário do Tesouro, Bruno Funchal.

Na agenda econômica, teremos a divulgação do CAGED e a Receita Bruta Federal.

BC oferta até 15.000 contratos de swap a partir das 11:30.

Autor: Matheus Jaconeli

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