As bolsas europeias, após abrirem sem direção única tendo impactos positivos do setor de aviação e hoteleiro, mas fecharam o dia (04) em queda influenciadas pelas bolsas dos Estados Unidos. Londres teve queda de 0,67%. Frankfurt cedeu 2,49%. Paris recuou 0,89%. Milão teve recuo de 1,81%. Madri e Lisboa perderam 0,71% e 1,19% respectivamente.
Em Nova York, o setor de tecnologia foi o protagonista nas quedas. Os problemas levando em conta a questão dos semicondutores e o anúncio de Yellen interpretado como possível aumento de juros também contribuiu para o desempenho fraco dos principais índices americanos. O Dow Jones fechou com leve alta de 0,06%. O S&P 500 e o Dow Jones tiveram recuo de 0,67% e 1,88% respectivamente.
No Brasil, o Ibovespa seguiu os seus pares globais fechando em queda de 1,26% a 117.712 pontos. O mercado operou com cautela antes do Cupom e com o início da CPI da COVID-19 e a declaração de Mandetta. O relatório da reforma tributária também ficou no radar com o relator Aguinaldo Ribeiro propondo a exclusão de PIS, Confis, IPI, ICMS e ISS e a possibilidade de instituição de um novo imposto, o IBS.
O volume mais fraco na Ásia devido ao feriado na China, Japão e Coreia do Sul e as quedas dos ativos de tecnologia no Estados Unidos no pregão de ontem fizeram com que as bolsas asiáticas fechassem em baixa. Hong Kong teve perda de 0,49% e Taiwan cedeu 0,53%.
Para hoje (05/05)
Os mercados europeus abrem em alta com números positivos do PMI de serviços e composto para a Zona do Euro. Nos Estados Unidos os futuros também operam em alta com expectativas positivas em relação aos indicadores econômico.
No Brasil, o dia também terá a divulgação de eventos econômicos importantes. O IBGE divulgará os números da produção industrial com perspectivas de alta 7,6% em março ao ano ante 0,4% em fevereiro e no mês, espera-se queda de 3,5%. Tal como no exterior, também serão divulgados os PMI’s de serviços e composto.
O evento mais esperado, a decisão da taxa de juros, também será acompanhado pelo mercado. É consenso que o Bacen suba a taxa de juros em 0,75 pp, chegando a 3,5%, mas o mercado também ficará atento as considerações da autoridade monetária para que possa ajustar suas expectativas.
As reformas tributária e administrativa também ficarão no radar dos investidores, além da continuação das investigações da CPI da COVID-19.
O Bacen fará oferta de rolagem de swaps a partir das 11:30.
Balanços hoje: Gerdau pré-mercado, AES Brasil, Braskem, GPA, Tim, Copel, BR Properties, Engie, Quero-Quero, Taesa, Tenda, Totvs pós-mercado.
Internacional
Foram divulgados na Europa a continuação dos dados do PMI. Para a Zona do Euro tanto o PMI composto quanto o de serviços superaram as projeções do mercado atingindo 53,8 e 50,5 pontos respectivamente. Na Alemanha, os números ficaram levemente aquém do esperado chegando em 55,8 pontos no composto e 49,9 pontos nos serviços.
Nos Estados Unidos também serão divulgados números muito importantes. Dentre eles, se destaca a criação dos empregos do setor privado publicado pela ADP Systems. A expectativa é de criação de 800 mil novos postos de trabalho para o setor privado ante 517 mil no mês de março. Também serão publicados os números da produção de não-manufaturados da ISM Inc. com perspectiva de avanço de 64,3 pontos ante 63,7 em março. Os estoques de petróleo têm projeção de diminuição em 2,346 milhões barris ante aumento de 90 mil na semana passada.
Auto: Matheus Jaconeli