Os mercados fecharam em alta ontem (16), na Europa, os dados econômicos e os possíveis avanços nas negociações do pós-Brexit, contribuíram para a alta. Nas américas, o anúncio de Powell e as perspectivas de estímulos fiscais contribuíram para a elevação nos EUA e no Brasil.
A expectativa por estímulos nos Estados Unidos e um tom mais favorável ao acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia levou a maioria das praças europeias fecharem em alta no pregão desta quarta-feira (16). Úrsula von der Leyen e Angela Merkel informaram que as negociações com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se mostram promissoras. Quanto aos números de atividade econômica, os números da prévia do PMI de dezembro superaram as expectativas do mercado, contribuindo para a elevação no continente.
Londres, ganhou 0,88%. Frankfurt, teve alta de 1,52%. Paris, teve elevação de 0,31%. Em Milão, houve valorização de 0,23%. Madri, perdeu 0,16% e Lisboa teve acréscimo de 0,42%.
O petróleo também fechou em elevação devido a redução nos estoques da commodity nos EUA e melhora nas perspectivas de crescimento da economia contribuíram para a valorização do WTI que teve avanço de 0,42%, a US$ 47,82 e do Brent, que fechou com elevação de 0,63%, a US$ 51,08.
O discurso de Powell na decisão da taxa de juros dos FED funds, continuaram entre 0% e 0,25% conforme o esperado pelo mercado, ajudaram para a melhora no humor em Nova York. O banqueiro central informou que apesar das incertezas geradas pela COVID-19 ainda trazer instabilidade para a economia, houve leve melhora nas projeções para o crescimento da economia americana.
O Dow Jones, perdeu 0,15%. O Nasdaq e o S&P 500 avançaram 0,50% e 0,18% respectivamente.
No Brasil, o principal índice da B3 foi impactado pelo bom-humor vindo do hemisfério norte, sem muitos drivers internos a estimular o desempenho dos ativos. O principal fator de risco, a votação da LDO, acabou ocorrendo apesar dando alívio na questão fiscal, apesar das brechas apresentadas pelo texto da lei.
O Ibovespa fechou com alta de 1,47%, aos 117.857,35 pontos. O dólar fechou com alta de 0,34%, cotado em R$ 5,1062.
Os mercados na Ásia, fecharam, mais uma vez, fecharam majoritariamente em alta, devido às perspectivas de estímulos nos Estados Unidos e com um anúncio pró-liquidez de Jerome Powell. Dentro do continente, a reunião das diretrizes econômicas para o próximo ano na China e o avanço no número de casos da COVID-19 na Coreia do Sul também geraram preço.
Tóquio, teve alta de 0,18%. Na Coreia do Sul, após o segundo dia de mil novos infectados, o Kospi teve perdas de 0,05%.
Na China Continental, Xangai teve elevação de 1,13% e o Shenzhen, avançou 0,93%. Nas ilhas satélites, Hong Kong subiu 0,82% e Taiwan perdeu 0,32%.
Europa: Inflação
Após dados positivos em relação do PMI na Europa divulgados ontem (16), a agência Eurostat publicará os números da inflação de novembro para a Zona do Euro. As expectativas sugerem que o bloco continuará a passar por deflação. O Ambiente a diminuição dos salários e a queda na atividade econômica em decorrência da crise ocasionada pela COVID-19 continua a pressionar os preços para baixo, sem que haja perspectivas de aumento nos preços no curto prazo o que acaba contribuindo para que estímulos econômicos continuem a ser realizados no continente.
Os números divulgados para o núcleo do IPC (índice de preço ao consumidor) foram de 0,2% ao ano e de -0,5% ao mês. Para o indicador amplo, foi registrado queda de 0,3% ao mês e ao ano, dentro do esperado pelo mercado.
Novos dados nos Estados Unidos
O Census Bureau publicará a quantidade de licenças para construção liberadas em novembro. O indicador é um dos mais importantes do mercado imobiliário, evidenciando a evolução da oferta no setor. A expectativa do mercado é de que ocorra leve aumento no número de novas licenças, saindo de 1,554 mil novas licenças em outubro para 1,550 em novembro. A construção de novas casas, segundo as projeções, deve se manter em 1,530 milhões.
Quanto aos números semanais do desemprego, os pedidos iniciais por seguro-desemprego têm perspectiva de que continue na casa dos 800 mil pedidos após seguidas semanas de frustração. A manutenção elevada na demanda pelo benefício evidencia que muitos postos de trabalho se perderam durante a pandemia, além de mostrar a fragilidade de alguns setores da economia americana.
Para a Filadélfia, o FED da região divulgará o índice de atividade industrial que já imputa as expectativas para dezembro. Devido ao avanço da COVID-19 na região, as expectativas são de queda no indicador, saindo de 26,3 pontos para 20 pontos, após superar as expectativas do mercado de outubro e de novembro. Além disso, dezembro, geralmente é um mês no qual o indicador apresenta menor pujança em relação aos meses anteriores.
Autor: Matheus Jaconeli
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