Os mercados europeus fecharam em alta devido à melhora nas perspectivas de crescimento da economia do continente. Os números positivos do PMI da Zona do Euro ajudaram as principais bolsas do continente terem bons resultados. Londres avançou 1,68%. Frankfurt ganhou 2,12%. Paris teve elevação de 1,40%. Milão subiu 2,03%. Na península ibérica, Madri e Lisboa ganharam 1,56% e 0,93% respectivamente.
Em Nova York, os principais índice fecharam sem direção única. Os números do relatório da ADP Systems ficou abaixo do esperado, mas acima do registrado anteriormente chegando a criação de 742 mil vagas no setor privado, O PMI Composto e de Serviços também superaram as expectativas cooperando para a melhora nas perspectivas de retomada da economia. O Dow Jones teve alta de 0,29%. O S&P 500 ganhou 0,07% e o Nasdaq teve queda de 0,37%.
O Ibovespa teve alta de 1,57% chegando a 119.564,44 pontos. A alta refletiu os bons resultados internos de balanços e a tomada pelo risco no exterior contribuíram para a elevação do principal índice da B3. Os investidores também ficaram de olho na repercussão do encerramento da comissão da Reforma Tributária enquanto aguardavam a decisão da taxa de juros do Bacen que ficou dentro do esperado com aumento de 0,75 pp com a taxa de juros a 3,5%.
Após o feriado na China e no Japão, os principais mercados da Ásia fecharam sem direção única. As tensões entre ocidente e a China voltaram ao radar com a União Europeia sinalizando desgosto à concorrência considerada desleal do país. O anúncio de Joe Biden em relação à negação de propriedade intelectual das fabricantes de vacina influenciou negativamente as companhias do setor de saúde. Xangai e Shenzhen tiveram perdas de 0,16% e 1,22% respectivamente. O Nikkei ganhou 1,80%. Seul subiu 1,00%. Hong Kong avançou 0,77% e Taiwan teve alta de 0,90%.
Para hoje (06/05)
Os mercados globais operam sem direção única a espera de mais balanços e aguardando os números do pedidos iniciais por seguro-seguro desemprego nos Estados Unidos.
No Brasil os futuros operam em queda após a euforia de ontem (05) e os ruídos relacionados à CPI da COVID-19 e avanço e os temores de que com o fim da comissão mista da Reforma Tributária fazer com que as discussões em torno dela voltem ao zero.
A decisão da taxa de juros pós-pregão de ontem (05) veio sem surpresas para o mercado, com o aumento de 0,75 pp com a taxa Selic em 3,5%. A autoridade monetária diminui as perspectivas de inflação de 3,5% para 3,4% para 2022. Quanto à sinalização dada, também ficou dentro do esperado, com um tom de novas elevações da taxa de juros, buscando a normalização gradual da política monetária.
Ainda sobre a Reforma Tributária, o Ministério da Economia busca fusão de PIS e Confis e outras mudanças.
O governo estuda ampliar o auxílio emergencial contra a COVID-19, algo que também ficará no radar dos investidores.
A continuação da CPI da COVID-19 continuará no radar.
O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2024; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFTs para 2022 e 202. O Bacen ofertará até 15.000 contratos de swap a partir das 11:30.
Internacional
Na Alemanha as encomendas à indústria para o mês de maio subiram 3,0%, superando as projeções de 1,7% e o PMI da construção ficou em 46,2 pontos.
No Reino Unido, o PMI composto e o de serviços superaram as expectativas do mercado chegando a 60,7 e 61 pontos respectivamente. Quanto à política monetária, os dados ficaram dentro do esperado com o Banco da Inglaterra mantendo a flexibilização monetária em £ 875 bilhões e com a taxa de juros em 0,10%.
As Vendas no Varejo da Zona do Euro de março também apresentaram bons resultados, chegando a crescimento de 12% ao ano e 2,7% ao mês.
Nos Estados Unidos, como ocorre em toda quinta-feira, serão divulgados os pedidos iniciais por seguro desemprego e espera-se que a demanda pelo benefício chegue a 540 mil pedidos ante 553 mil da semana imediatamente anterior. O Bureau of Labor também divulgará os números da prévia da produtividade do setor não agrícola para o primeiro trimestre com estimativas de elevação de 4,3% ante queda de 4,2% no período imediatamente anterior. Quanto ao custo unitário da mão-de-obra, também trimestral há expectativa de queda de 0,8%.
Auto: Matheus Jaconeli