Na véspera do resultado das eleições americanas, os mercados do hemisfério norte fecharam em alta. Os números dos PMI’s na Europa e Estados Unidos surpreenderam positivamente, contribuindo para a melhora do humor global. No Brasil, a B3 não funcionou em virtude do feriado.
Na Europa, as bolsas fecharam em alta devido os números positivos do PMI Industrial nas economias mais importantes do continente, amenizando os impactos do avanço do coronavírus e das incertezas em torno das eleições americanas.
Milão e Paris, lideraram as altas com ganhos de 2,55% e 2,11% respectivamente. Madri, ganhou 2,07%. Frankfurt, teve ganhos de 2,01% Lisboa valorizou-se em 1,88% e Londres, subiu 1,39%.
Os contratos futuros de ouro com previsão de entrega para dezembro fecharam em alta de 0,75%, a US$ 1.894,05, recuperando boa parte das perdas da semana anterior.
O petróleo, também finalizaram a sessão de segunda-feira em alta, recuperando as perdas anteriores sendo estimulado pelos bons dados de atividade econômica no hemisfério norte.
O WTI e o Brent subiram 2,93%, a US$ 36,84 e US$ 39,05% respectivamente.
Tal como na Europa, as bolsas americanas fecharam em alta devido aos dados positivos do PMI e dos indicadores da ISM Inc. Todavia, o restante da semana pode ser de risco, pois existe possibilidade das eleições serem decididas judicialmente. Além disso, por mais que o mercado de apostas e as pesquisas mostrarem Biden como o favorito, as projeções de alguns players do mercado enxergam uma distância estreita entre os dois candidatos.
O Dow Jones teve elevação de 1,60%. O S&P 500, teve aumento de 1,23% e a Nasdaq, ganhou 0,42%.
Como proxy, seguindo as bolsas internacionais, o ETF de ADR’s de companhias brasileiras negociadas na bolsa americana, teve alta de 1,15%.
Os mercados asiáticos fecharam em alta na madrugada desta terça-feira (03). O impulso dos bons dados de atividade econômica nos Estados Unidos e Europa, ajudaram os principais indicadores do continente a terem bom desempenho, apesar do aumento das preocupações com a COVID-19.
Na China continental, o Xangai Composto, subiu 1,42% e o Shenzhen, teve ganho de 1,43%. Taiwan e Hong Kong ganharam 1,96% e 1,15% respectivamente. Na Coreia do Sul, o KOSP teve valorização de 1,88%.
Para hoje (03/11):
O foco dos mercados globais hoje (03) é o resultado das eleições americanas e continuará a ser até que o resultado seja determinado.
Na Europa, os mercados abrem em alta em meio a votação nos Estados Unidos. Com os agentes precificando uma possível vitória do candidato democrata, o que resultará em um pacote de estímulos mais brando à economia americana.
Os futuros nos Estados Unidos também operam em alta, a espera do resultado das eleições no país. A maioria das pesquisas apontam vantagem do ex-vice presidente Joe Biden. Enquanto uma vitória do democrata pode indicar pacotes fiscais mais agressivos, uma vitória Trump aprofundará os cortes nos impostos.
No Brasil, os movimentos dos mercados serão influenciados pelo mercado externo e com a divulgação da Ata do COPOM que traz melhores explicações relacionadas à decisão da manutenção da taxa de juros em 2,00% e suas percepções em relação às percepções da autoridade monetária em relação à inflação e ao lado fiscal. Na política, será debatido no Senado o projeto referente à autonomia do Banco Central. Quanto à Comissão Mista de Orçamento, Davi Alcolumbre, presidente do Senado, se comprometeu com o deputado Arthur Lira, que ela será instalada hoje.
O investidor brasileiro também precisará se atentar que hoje (03) o pregão à vista vai até às 18 horas. Também haverá mudanças no horário da negociação de contratos futuros do índice que irão das 9h às 18h25. No mercado cambial, o dólar futuro e o mini serão negociados das 9h às 18h30.
Europa: Pronunciamento e reuniões de bancos centrais e do Eurogrupo
Andrea Enria, membro do conselho do BCE participará de uma sessão de perguntas e respostas na reunião do Eurogrupo, juntamente com Panetta. Para a Alemanha, Sabine Mauderer, membro do conselho executivo do Deutsche Bundesbank fará seu discurso, apresentando as perspectivas da autoridade monetária alemã.
EUA: Eleições, Encomendas à Indústria e Estoques de Petróleo
Hoje, será o dia em que as eleições americanas serão decididas. Por mais que muitos americanos já tenham votado antecipadamente, ainda há boa parte da população que votará hoje. Um resultado mais brando, trará mais calmaria para os mercados, mas há possibilidade de resultado apertado, o que poderá causar maior volatilidade, pois o resultado do pleito pode ser decidido judicialmente, afetando as expectativas dos agentes.
Do ponto de vista da conjuntura econômica, o US Census Bureau, publicará os números das encomendas à indústria, evidenciando a força do setor industrial para o mês de setembro. As expectativas do mercado é de o indicador atinja 1,0%, contra 0,7% registrado no mês imediatamente anterior.
A API (American Petroleum Administration) divulgará os números da produção de petróleo por parte do setor privado. Após a produção 4,577 milhões de barris produzidos na semana anterior, há possibilidade de diminuição.
Brasil: PMI, Ata do COPOM, Boletim Focus e Balança Comercial
A IHS Markit, após divulgar os números do hemisfério norte, disponibilizará o indicador para o Brasil. Em linha com o que ocorrer nos números de ontem (01), há possiblidade do indicador para o Brasil também ter bom resultado, tal qual o indicado pelos antecedentes e como é possível ver pela demanda do setor industrial.
O Bacen (Banco Central do Brasil), divulgará a Ata do COPOM e o Relatório Focus. O primeiro documento apresentará as perspectivas do comitê de política monetária em relação à economia, principalmente, no que diz respeito à inflação e ao lado fiscal. Possivelmente, a Ata terá a mesmo viés do comunicado à imprensa, com a autoridade monetária se mostrando pouco preocupada com a inflação, mas de olho na questão fiscal.
Por fim, também será divulgado os números da balança comercial. Por mais que o indicador tenha aumento, trazendo um saldo comercial positivo, é preciso observar que, caso o saldo suba por conta da queda das importações, evidencia uma queda na renda do país, caso o impacto seja maior que o aumento das exportações.
Autor: Matheus Jaconeli
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