Os mercados europeus operaram em queda durante toda tarde de ontem (08) devido aos receios em relação à retomada da economia global, tendo em vista a desaceleração da economia chinesa. No dia, também houve cautela quanto à decisão do BCE (Banco Central Europeu) hoje (09).
Nos Estados Unidos, o mercado respondeu ao crescimento no número de infectados pela COVID-19, o que pode postergar uma retomada mais pujante da economia americana.
No Brasil, como era esperado após o feriado de 7 de setembro, o mercado derreteu. Apesar das manifestações a favor do presidente da república não terem sido marcadas por violência, elas aprofundaram as tensões políticas entre os três poderes. Tais tensões colocam maior pressão no risco percebido em relação ao país como pôde ser visto nos na alta dos DI’s.
Para hoje (09/09)
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em queda nesta madrugada. Apesar dos dados de inflação abaixo do esperado na China, os mercados reagiram às perspectivas do PBoC (banco central chinês) não promover estímulos à economia do país. Adicionalmente, a regulação no setor de games impactou negativamente as companhias do setor de tecnologia no país.
Na Europa, os mercados operam em queda mediante às expectativas de sinalização do início da retirada de estímulos por parte do BCE (Banco Central Europeu). Além disso foram divulgados os números das contas externas da Alemanha e do Reino Unido.
Nos Estados Unidos, o movimento também é de queda. Após à declaração de um dos membros mais pró-estímulos do FED, John Willians, de que está na hora de reduzir estímulos gera cautela no mercado em dia de divulgação dos pedidos por seguro-desemprego e discursos de membros do FOMC.
No Brasil, o mercado continuará a reagir aos ruídos políticos e à greve dos caminhoneiros. Tais problemas também geram riscos para que o congresso deixe as pautas econômicas de lado.
Na agenda econômica, há expectativa de que inflação tenha alta de 9,50% e de elevação de 0,71% ao ano.
O Bacen fará oferta de até 15.000 contratos de swap para rolagem a partir das 11:30.
O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025;NTN-Fs para 2027 e 2031; LFTs para 2023 e 2027.
Setorialmente, os ativos que devem mais sofrer o de mineração e siderurgia com a queda do minério de ferro no exterior e setores mais cíclicos também devem cair devido à aversão ao risco.
Autor: Matheus Jaconeli
Deixe um comentário