As bolsas europeias fecharam mistas com os investidores de olho nos movimentos dos juros nos Estados Unidos que avançaram fortemente na véspera da inflação e o mesmo ocorreu na Europa, com os rendimentos dos títulos de 10 anos na Alemanha tendo a maior alta desde 2015, a 0,820% e com os Gilts de 10 anos, no Reino Unido, chegou a 1,822%. As eleições na França também estavam no radar, com a disputa acirrada entre Macron e Le Pen. Todavia, o CAC 40 teve alta de 0,12%. Londres teve queda de 0,67%. Frankfurt teve recuo de 0,64% e Milão perdeu 0,28%. Na península ibérica, houve alta de 0,09% em Londres e perda de 0,25% em Madri.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam majoritariamente em queda com as companhias do setor de tecnologia, com vista para o movimento das Treasuries de 10 anos chegou a bater 2,8% um dos níveis mais elevados observados recentemente, caminhando com o receio de alta de inflação e de uma política econômica mais dura por parte do FED.
No Brasil, o Ibovespa seguiu o rumo do exterior, fechando com queda de 1,16% a 116.953 pontos. Além do mau-humor global, a queda das commodities afetaram fortemente o principal índice da B3. Internamente, os receios relacionados à inflação que saiu na sexta-feira (08) trazendo perspectiva de mais uma alta na taxa de juros, que continuou a afetar os setores cíclicos. Contudo, tal cenário contribuiu para mais uma queda no dólar.
Para hoje (12/04)
Na Ásia, os mercados fecharam mais um dia em queda acompanhando o sell-off de seus pares ocidentais na véspera. Internamente, o receio em torno do avanço da Covid-19 na China continua a ser um fator de atenção no continente e os dados de inflação de ontem continuam a gerar perspectivas negativas. O Nikkei teve queda de 1,76%. O Kospi da Coreia do Sul perdeu 1,06%. Hong Kong recuou 0,3% e na China Continental, o Shenzhen e o Xangai perderam 0,66% e 0,68% respectivamente.
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 4,40%, a 925 iuanes, o equivalente a US$ 145,22
Os futuros nos estados unidos se recuperam levemente após queda considerável no pregão de ontem. Ao longo do dia, os investidores ficarão de olho nos dados de inflação que podem mudar fortemente o comportamento das bolsas ao redor do mundo. Além disso, também será divulgado o Balanço Orçamentário e membros do FOMC discursarão.
Na Europa as bolsas operam mistas de olho nas eleições na França e há ruídos no leste europeu. Internamente, os índices de condições atuais vieram um pouco melhores que o esperado, mas com forte queda. Ademais, a inflação ao atacado e ao consumidor se mostram fortes na Alemanha.
No Brasil, a alta das commodities podem ajudar na correção de ativos importantes em termos de ponderação no índice. Todavia, o investidor local precisa ficar atento à inflação no exterior podendo trazer ruído para os ativos, as Treasuries de 10 anos já chegam ao rendimento de 2,8% o que pode fazer com que capitais saiam e pressionem o juros interno. Na agenda econômica temos dados do setor de serviços.
Na agenda corporativa a Gol (GOLL4) projeta prejuízo por ação (LPA) de aproximadamente R$ 1,981 no primeiro trimestre de 2022. A receita unitária de passageiros (PRASK) esperada para o primeiro trimestre é maior em aproximadamente 45%, comparada ao mesmo período do ano passado.
O Inter (BIDI11]) divulgou na segunda-feira (11) seus dados operacionais, informando que atingiu a marca de 18,6 milhões de clientes no final do primeiro trimestre de 2022, um crescimento de 82% na comparação com igual etapa de 2021.
A Direcional (DIRR3) registrou vendas líquidas contratadas de R$ 622 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), crescimento de 21% em relação ao 1T21, e queda de 7% sobre o 4T21. A construtora realizou o lançamento de 9 novos empreendimentos/etapas no 1T22, representando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 599 milhões, volume 4% maior que o registrado no 1T21 e 14% abaixo do 4T21.
A Mitre (MTRE3) registrou vendas líquidas de R$ 153,5 milhões no primeiro trimestre de 2022, cifra 85,3% superior ao mesmo período de 2021.
A Aura Minerals (AURA33) divulgou a prévia de seus resultados do primeiro trimestre do ano (1T22). A Aura alcançou produção trimestral consolidada de 61.041 onças equivalentes de ouro (GEO) durante 1T22. O resultado da produção foi em linha com as expectativas da companhia, com outro trimestre forte em Aranzazu.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917
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