Mercado de olho em crise hídrica e IGP-M sobe 0,60% em junho.

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Os principais mercados europeus começaram a semana em baixa. Mais uma vez a COVID-19 começa a gerar receios no continente, a variável denominada “Delta” assustou os investidores, pois mesmo com a vacinação avançada, uma nova variável pode ser mais letal e limitar o os avanços na reabertura da economia. Quanto aos anúncios do BCE, de Guindos mais uma vez confirmou a política de estímulo monetário, outro membro da instituição, Jens Weidmann, defendeu o fim da compra de títulos assim que a situação sanitária melhorar.

Em Nova York, os principais índices fecharam sem direção única. Os investidores nos EUA tentaram ponderar a queda nos rendimentos das Trasuries de 10 anos e o avanço da nova variante da COVID-19, Delta. O setor de tecnologia teve avanço com um juiz federal dos EUA ir contra a processos antitruste contra o Facebook, dando força ao S&P e ao Nasdaq.

No Brasil o principal índice da B3 teve leve recuperação. Após a forte queda de sexta-feira (25), alguns ativos tiveram correção contribuindo para o tímido avanço do índice. No entanto, os investidores continuaram a digerir os possíveis efeitos da reforma tributária e os riscos da variante Delta.

Para hoje (29/06)

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda absorvendo os riscos advindos do ocidente por conta da variante Delta. O receio de que o avanço da no variante afetem a retomada da economia global.

Os futuros nos Estados Unidos operam mistos com os investidores avaliando as possíveis consequências de uma nova variante na economia e aguardam a publicação do índice de perspectivas o índice de confiança ao consumidor. Após queda generalizada de ontem, os mercados europeus operam em alta com dados econômicos acima do esperado.

O futuro do mini índice do Ibovespa abre com leve quedada de aproximadamente 0,20%.

No Brasil a FGV publicou o IGP-M. O índice de geral de preços do mês de junho teve alta de 0,60% ao mês contra a alta de 4,10%. A expectativa é era de 1,01%. A variação menor se deveu à redução da aceleração do IPA de 5,23%para 0,42%, com as matérias primas brutas tendo queda de 1,28%. O IPC também registrou queda, saindo e 0,61% para 0,57% e o INCC registrou mais um avanço, chegando a 2,30%.

O IBGE publicou o indicador de preços ao produtor para maio. O indicador teve alta 1,00% frente a abril acumulando 17,58% no ano e 35,86% em 12 meses. A alta foi puxada, em grande medida por conta da elevação nos preços de bens intermediários.

O Bacen fará leilões de rolagem de swap cambial a partir das 11:30 e o Tesouro ofertará NTN-Bs para 2026, 2030 e 2055.

O mercado também ficará atento com as medidas a serem tomadas contra a crise hídrica. O reajuste com a definição da bandeira tarifária vermelha de nível 2 pode gerar reajuste acima de 90% pressionando a inflação. Dado o cenário, o governo publicou ontem (28) a noite uma MP com foco em otimizar os recursos hidro energéticos.

Agenda internacional

No Reino Unido, os preços dos imóveis subiram dentro do esperado em junho e ao ano, subiu levemente aquém das estimativas. Houve aumento da massa monetária e dos empréstimos hipotecários. Na Zona do Euro, os indicadores de confiança dos serviços e indústria foram positivos e na Alemanha há espera da prévia da inflação.

Nos Estados Unidos, o foco será no indicador confiança do consumidor do Conference Board, as também serão divulgados indicadores de preços de imóveis, indicadores regionais e a produção de estoque de petróleo bruto por parte do setor privado.

Auto: Matheus Jaconeli

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